O primeiro-ministro «gostaria de não ter baixado os salários», mas não havia outra alternativa para defender «o financiamento da nossa economia».
A propósito dos dados da OCDE sobre a educação que colocam Portugal na média da OCDE a Português, Ciências e Matemática, José Sócrates, em entrevista ao «Público» frisou que «não foram só os professores» os alvos de cortes nos salários.
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«Os cortes derivam das circunstâncias» e «os professores têm uma ética de responsabilidade que prevalece. A motivação de um professor não é apenas o dinheiro. Não podíamos reduzir os salários a todos menos aos professores».
Apesar de não ter gostado da medida que tomou, com cortes que vão até aos 10%, «infelizmente» teve de ir por esse caminho, como o próprio sublinhou: «Tínhamos de o fazer e a todos».
O Governo prepara-se ainda para fazer alterações no mercado de trabalho. José Sócrates reúne-se esta quarta-feira com a CGTP e a UGT para discutir as reformas laborais. Em cima da mesa, estará a ideia de fazer depender directamente os salários da produtividade dos trabalhadores.
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