Já fez LIKE no TVI Notícias?

Vieira da Silva: «Não podemos não ter Orçamento»

Ministro da Economia diz que há alturas em que é possível não aprovar Orçamentos, mas esta não é uma delas

O ministro da Economia disse esta quinta-feira que «não é possível» Portugal não ter, na actual situação e o mais rapidamente possível, um Orçamento para 2011, mas sem ser posta em causa a confiança que é suposto criar.

«Não podemos não ter Orçamento. Essa é uma possibilidade que não está aberta no nosso país. O Orçamento é um factor para gerar confiança e, nesse sentido, não pode ser viabilizado, pondo em causa essa confiança e a credibilidade», esclareceu Vieira da Silva, que falava aos jornalistas à margem do quinta edição «Portugal Exportador».

PUB

O ministro reiterou que «essa é a única condição que existe da parte do Governo, tudo o mais é possível de ser composto e trabalhado para que se alcance o objectivo de termos um Orçamento para 2011 com credibilidade e solidez, embora seja duro e exigente, mas que serve para resolver os problemas do país».

O governante referiu também, citado pela agência Lusa, que «há ocasiões em que isso é possível [não aprovar um orçamento] e existem outras em que os desfechos [negativos] são aceitáveis, porventura razoáveis e até desejáveis, mas há alturas em que essa liberdade não é concedida».

Se o PSD não quis, há mais de um mês negociar com vista a que o Orçamento fosse «alvo de um entendimento prévio», «não vale a pena chorar sobre o leite derramado, mas julgo que nunca é tarde e mais vale tarde do que nunca» para que seja aprovado.

AICEP: país sem Orçamento? «É impensável»

O presidente da AICEP (Agência Para o Investimento e Comércio Externo de Portugal) considerou também que «é impensável» não haver Orçamento para 2011.

PUB

«Hoje, perante o que temos visto [ruptura nas negociações entre uma delegação do PSD e do Governo] ficamos surpreendidos e conhecemos as consequências, subida dos juros da dívida soberana para mais de 6 por cento e a bolsa a cair». Para Basílio Horta, a pergunta é quem paga isto.

«Nós temos empresários que estão a fazer um grande esforço e quando se fala que as exportações estão a crescer 15 por cento para todo o mundo isso deve-se aos empresários e, sobretudo, aos pequenos e médios empresários, que merecem que os políticos os compreendam e que percebam que, já que não os estão a ajudar, pelo menos não os prejudiquem».

Já Rocha de Matos, presidente da Associação Industrial Portuguesa, referiu que Portugal já «tem Orçamento», o que é preciso e que ele seja aprovado.

Rocha de Matos está «convencido que será aprovado, porque temos de acreditar que existem políticos responsáveis no nosso país e a situação de Portugal exige uma grande convergência de esforços naquilo que é essencial para credibilizar a nação, quer em termos externos, quer dinamizar os agentes económicos a nível interno».

PUB

Últimas