O comissário europeu dos Assuntos Económicos pediu esta segunda-feira à Itália que respeite os seus compromissos orçamentais, sugerindo que Roma conduza a sua política com a táctica ultradefensiva que celebrizou o futebol italiano, o chamado «catennacio».
Isto no dia em que se foi dado como quase certa a saída iminente de Sílvio Berlusconi do governo italiano. Ainda assim o próprio primeiro-ministro italiano já veio desmentir tais especulações, dizendo que elas são «infundadas».
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«É importante que em matéria de política orçamental a Itália pratique o «catenaccio», afirmou Olli Rehn, conhecido por ser um fervoroso amante de futebol e antigo praticante, à entrada para uma reunião de ministros das Finanças da Zona Euro (Eurogrupo), em Bruxelas, na qual as incertezas em torno da dívida soberana de Itália serão um dos assuntos em destaque.
O comissário Rehn acrescentou que, ao mesmo tempo, é preciso que a Itália jogue ao ataque noutros domínios, designadamente na implementação de «reformas estruturas ofensivas» e outras «decisões corajosas» que se impõem para estimular o crescimento e a criação de empregos.
Os ministros da Zona Euro iniciaram hoje cerca das 17h00 locais (16h00 de Lisboa) uma reunião que será dominada pela situação da Grécia, mas desta feita igualmente pela forma de evitar o contágio da crise à Itália, o país actualmente na «corda bamba».
Portugal estará representado na reunião pelo ministro Vítor Gaspar, que não prestou declarações à entrada do encontro.
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