É uma luta contra o tempo para travar o avolumar da crise da dívida. O comissário europeu para os Assuntos Económicos admitiu esta quarta-feira que a Europa tem pela frente «10 dias críticos», uma vez que na próxima semana vai ter lugar uma cimeira que se espera que seja de soluções, de novas respostas à crise, e não de novos impasses.
Depois de o Eurogrupo ter aprovado ontem o aumento rápido dos recursos do FMI e de ter prometido dar mais «poder de fogo» ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira - embora não para já - a verdade é que a Zona Euro deverá falhar a meta de dotar este mecanismo com 1 bilião de euros.
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Esta quarta-feira, o encontro dos ministros das Finanças da região que partilha a moeda única estende-se aos 27 da União Europeia e Olli Rehn admitiu, à entrada do Ecofin, que «estamos a entrar no período crítico de dez dias para completar e concluir a resposta da União Europeia à crise».
O responsável comunitário espera que os Estados-membros aprovem um reforço da governação económica e avisou que a emissão conjunta de dívida europeia (as chamadas eurobonds ou euro-obrigações) só são possíveis, precisamente, com uma governação económica reforçada.
Rehn advertiu que a Zona Euro precisa de aumento as «defesas» face às turbulências dos mercados.
Hoje à tarde, o responsável deverá desenvolver estas ideias num debate no Parlamento Europeu sobre a cimeira de chefes de Estado e de Governo que terá lugar a 8 e 9 de Dezembro, na qual os líderes europeus tentarão, uma vez mais, encontrar respostas que ponham um travão na espiral da crise da dívida soberana.
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