Depois de uma tomada de posse repleta de farpas, o calendário deverá ajudar António Costa a evitar um novo momento de confronto com Cavaco Silva. O Orçamento do Estado para 2016 já só deverá chegar a Belém para ser aprovado depois de o próximo Presidente da República tomar posse, o que deverá acontecer a 9 de março. O Governo socialista tem 90 dias para elaborar a proposta de Orçamento de Estado e remetê-la à Assembleia da República mas fonte do executivo garantiu à TVI que a equipa de Mário Centeno tudo fará para encurtar esse prazo ao máximo. O objetivo é evitar que o país permaneça demasiado tempo no regime de duodécimos. Mas a mesma fonte sublinhou também que a pressa do Governo pode não ser suficiente para acelerar o processo. Para já, o novo Governo está a fazer um levantamento da atual situação das contas públicas, e a expetativa é que, na melhor das hipóteses, o documento esteja pronto no final de janeiro. Uma vez na Assembleia da República, haverá uma margem de 45 dias para discussão do Orçamento, mas aqui o prazo pode derrapar, já que o executivo terá de negociar e afinar posições com o Bloco de Esquerda e o PCP para garantir a aprovação dos dois partidos. A probabilidade é que a votação final global seja atirada para meados de março, uma data em Cavaco já não estará no Palácio de Belém.
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O Governo considera que "já se perdeu muito tempo" e apresentará uma proposta de Orçamento do Estado para 2016 "assim que possível", refere uma nota divulgada este sábado pelo gabinete do primeiro-ministro, António Costa.
antes da tomada de posse"O Governo apresentará o Orçamento assim que possível. Já se perdeu muito tempo. O país precisa de ser governado e não de quezílias institucionais"
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