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O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho admitiu que o país poderá ter de enfrentar uma maior perturbação financeira nos mercados externos, mas defendeu que é precisamente nestes períodos que é ainda mais importante mostrar "determinação" em “ter boas contas”. Por isso, destacou que é "indispensável" atingir a meta proposta de um défice de 2,7%, sendo que, sublinhou, todos os dados apontam para que este objetivo seja alcançado.
“Em períodos de maior perturbação ainda é mais importante mostrar a nossa determinação em ter boas contas e aliviar a pressão sobre os portugueses. Essa é a razão pela qual fazemos questão de ter um défice abaixo dos 3%.”
“Temos reservas suficientes para passar por este período de maior perturbação nos mercados financeiros e temos o suficiente portanto para esperar que uma resposta mais robusta da área do euro possa vir a acontecer em defesa do euro, se isso for necessário.”
"Já percebemos que até por causa disso [da situação da Grécia] devemos adotar decisões até ao final do ano que mostrem a vontade de fortalecer o euro e de trazer uma união bancária e financeira, que coloque todas as empresas em melhor condição de não serem prejudicadas pela sua geografia."
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Declarações do primeiro-ministro em Viseu, no dia em que os juros da dívida de Portugal sobem a dois, cinco e dez anos, alinhados com os da Irlanda, Itália e Espanha, fortemente pressionados pela crise na Grécia.
Também esta terça-feira, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, terá proposto ao primeiro-ministro grego um acordo de última hora. De acordo com várias fontes comunitárias, os credores aceitam "fechar" este acordo se Atenas se comprometer a aceitar a última proposta e em fazer campanha pelo "sim" no referendo.
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