Paulo Portas defendeu esta quinta-feira que é preciso “manter a flexibilidade laboral” e aliviar a carga fiscal para atrair investimento, fatores que devem andar a par da redução do défice. O vice-primeiro ministro disse, no entanto, que a redução da sobretaxa do IRS só é possível a partir do momento em que o défice seja inferior aos 3%, numa crítica indireta ao documento apresentado pelos socialistas que propõe a redução da sobretaxa.
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Falando na inauguração da fábrica de produtos alimentares da Nutre, em Vagos, o vice-primeiro-ministro considerou que a imagem de Portugal como país atraente para investir mudou com o acordo obtido com a UGT e que é preciso manter a flexibilidade laboral.
”É preciso manter a flexibilidade laboral, tal como foi acordado com o compromisso social com a UGT, o que fez parte da transformação da imagem de Portugal como país atraente para investir. Se tivermos leis laborais muito rígidas podemos ficar contentes, mas perdemos investimento todos os dias.”
“Queremos que o investimento venha para Portugal para criar emprego e por isso temos de ter carga fiscal moderada sobre as empresas, o que tem de ser feito gradualmente, mas acredito que o IRC deve chegar até aos 17%, caso em que se tornará um dos mais competitivos da Europa.”
“Foi uma medida tomada em desespero depois de uma decisão do Tribunal Constitucional, mas percebida como injusta, e por isso deve ser uma prioridade ir reduzindo a sobretaxa de IRS de forma a desaparecer em 2019.”
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O vice-primeiro ministro inaugurou esta sexta-feira, na Zona Industrial de Vagos, a fábrica de produtos alimentares NUTRE, resultado de um investimento do grupo Martifer com parceiros paquistaneses.
A unidade industrial, que criou 40 postos de trabalho, vai produzir derivados de soja, como bebidas, iogurtes, sobremesas e barras de cereais, substituindo as importações, num investimento de 14 milhões de euros, com financiamento comunitário.
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