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É preciso trabalhar mais anos para ter pensão digna

Comissão Europeia alerta que pensões devem seguir evolução da esperança média de vida

A Comissão Europeia declarou esta quinta-feira que as pensões devem seguir a evolução da esperança média de vida, pedindo aos Estados-membros o prolongamento da vida activa para garantir a sustentabilidade das reformas dos cidadãos.

«A não ser que as mulheres e homens, à medida que a esperança de vida aumenta, fiquem mais tempo empregadas e guardem mais para a reforma, a adequação das pensões não pode ser garantida pois o necessário aumento da despesa seria insustentável», disse Bruxelas.

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A Comissão Europeia apresentou hoje um «livro branco» com propostas para garantir «pensões adequadas, seguras e sustentáveis» aos cidadãos da União Europeia (UE), num momento em que estas exercem «maior pressão sobre os orçamentos nacionais» devido à crise.

De acordo com os dados revelados no documento, e por comparação com 2010, a esperança de vida dos homens deverá em 2060 aumentar 7,9 anos para os homens e 6,5 anos para as mulheres.

«Se a UE não conseguir garantir pensões de reforma dignas, no momento presente e no futuro, milhões de pessoas viverão em situação de pobreza na velhice», nota Bruxelas.

As pensões de reforma «são a principal fonte de rendimento para cerca de um quarto da população actual da UE», pelo que é necessária uma concertação entre as instituições europeias e os Estados-membros para assegurar adequados regimes de pensões.

«É possível garantir pensões adequadas no futuro se levarmos por diante os nossos compromissos de introdução de reformas. Estamos a sentir já o impacto do envelhecimento - a geração do baby boom está a chegar à idade da reforma e o número de jovens que entram no mercado de trabalho é menor. Mas ainda não é demasiado tarde para dar resposta a estes desafios», declarou László Andor, Comissário da UE para o Emprego, os Assuntos Sociais e a Inclusão.

Proporcionar melhores oportunidades aos trabalhadores mais velhos, desenvolver regimes complementares de reforma privados e assegurar que as pensões complementares são compatíveis com os requisitos de mobilidade são algumas das propostas do documento divulgado pela Comissão Barroso.

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