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Crescimento: «Consumo privado está a recuperar», diz ministro

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Pires de Lima considera que crescimento de 1,1% da economia é «assinalável» e destaca ainda o aumento do investimento e a reativação das exportações

«No ano passado foram criados 210 mil postos de trabalho líquidos em Portugal. Temos de continuar nesta linha», acrescentou. «Acreditamos que com os planos que foram traçados não vai ser necessário qualquer tipo de medida adicional para cumprir os objetivos de 2014 e até de 2015», acrescentou.

O ministro da Economia, António Pires de Lima, classificou esta sexta-feira como «assinalável» o crescimento homólogo da economia portuguesa no terceiro trimestre deste ano, considerando que confirma as previsões do Governo.

«O crescimento de 1,1% face a período homólogo é assinalável e está em linha com as previsões do Governo. O crescimento em cadeia de 0,3% também está alinhado com o que eram as nossas ideias», disse Pires de Lima, acrescentando que se sustenta num consumo privado que «está a recuperar», num investimento «que voltou a crescer» e nas exportações que «estão a conhecer, no segundo semestre do ano, uma reativação».

O ministro falava aos jornalistas no final da reunião do Conselho Nacional para o Empreendedorismo e Inovação (CNEI), em Lisboa.

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A economia portuguesa cresceu 1,1% no terceiro trimestre em termos homólogos e, face ao trimestre anterior, registou um crescimento de 0,3%, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

A procura interna apresentou um contributo positivo mais intenso para a variação homóloga do PIB, passando de 1,7 pontos percentuais no segundo trimestre deste ano para 1,9 pontos percentuais no terceiro trimestre, refletindo sobretudo a evolução das despesas de consumo final das famílias residentes. 

A procura externa líquida registou um contributo negativo de 0,9 pontos percentuais. 

Esta previsão está em linha com as estimativas dos analistas, e é superior à primeira estimativa do instituto, divulgada há cerca de duas semanas. Esta dava conta de que a economia tinha crescido 0,2% no terceiro trimestre do ano, com uma variação homóloga de 1%. 

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O ministro disse não estar surpreendido com os dados avançados pelo Eurostat, lembrando as previsões de crescimento já apontadas pelo Governo no orçamento retificativo.

Pires de Lima assinalou ainda a contribuição deste crescimento para «que o desemprego em Portugal tenha caído de 15,6 em outubro de 2013 para 13,4 por cento em outubro de 2014».

Números do Eurostat, divulgados hoje em Bruxelas, revelam que a taxa de desemprego estimada para outubro foi de 13,4% da população ativa, mais 0,1 pontos percentuais do que em setembro, e que face ao mesmo mês do ano passado, houve uma queda de 2,2 pontos percentuais da taxa de desemprego de Portugal, que passou de 15,6% em outubro de 2013 para 13,4% este ano, o que segundo o gabinete de estatística europeu representa a segunda maior queda entre os Estados-membros.

«É muito importante que a economia portuguesa possa consolidar este momento de recuperação económica e possa crescer mais porque temos consciência que o desemprego continua a um nível muito alto, 13,4 por cento de desemprego são muitas pessoas que querem trabalhar e não tem oportunidade de trabalho», disse o ministro.

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Questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade de o Governo ter que adotar medidas adicionais para conseguir cumprir o défice de 3% para 2014, depois dos alertas de hoje da Comissão Europeia, Pires de Lima disse acreditar que tal não será necessário.

A Comissão Europeia alertou hoje que o Orçamento do Estado português para 2015 «está em risco de incumprimento» do Procedimento de Défices Excessivos, em particular, de não cumprir a recomendação de alcançar um défice inferior a 3% do PIB.

«Os dados que vamos conhecendo em Portugal sobre a execução orçamental de 2014 estão na linha do que tínhamos previsto com um saldo claramente positivo relativamente àquilo que era a realidade em 2013. A própria economia tem ajudado muito aos objetivos de consolidação orçamental porque as receitas fiscais este ano estão a crescer bem acima do que se tinha previsto [...) pelo facto de o consumo e a atividade económica terem vindo a melhorar», disse.

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Portugal integra a lista de países que Bruxelas vai seguir atentamente, juntamente com Bélgica, Bulgária, Alemanha, Irlanda, Espanha, França, Croácia, Hungria, Holanda, Roménia, Eslovénia, Finlândia, Suécia e Reino Unido, na primeira vez em que é incluído neste exercício, que visa identificar precocemente potenciais desequilíbrios que possam comprometer o desempenho das economias nacionais, da zona euro ou da UE no seu todo, já que antes estava sob programa de assistência.

O ministro da Economia disse ainda que «todos os alertas, avisos e dúvidas metódicas são recebidos sem qualquer drama pelo Governo».

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