O porta-voz das comissões de utentes das três SCUT do Norte classificou o eventual pagamento pelo utilizador dos chips de matrícula como um «sintoma da grande insegurança» do Governo neste assunto.
O jornal «Correio da Manhã» noticia esta quarta-feira que o artigo que previa a oferta do Dispositivo Electrónico de Matrícula (DEM), vulgarmente designado por chip, durante os primeiros seis meses depois da entrada em vigor da legislação, foi revogado.
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Com estas alterações, acrescenta o jornal, «o valor pago pelos utilizadores na pré-reserva [dos chips] já não deverá ser convertido em portagens, como estava inicialmente previsto».
«Caso se confirme, é mais um sintoma da grande insegurança que tem revelado o Governo em relação a todas as questões» sobre as SCUT (auto-estradas sem custos para o utilizador), disse à Lusa o porta-voz das comissões de utentes, José Rui Ferreira.
«Será mais um processo de avanços e recuos, de uma grande instabilidade e insegurança em relação a isto, que eu creio que se vai manter», acrescentou.
A falta de entendimento entre o PS e o PSD sobre os critérios de isenção inviabilizou a introdução de portagens a 01 de Agosto.
O Governo, pela voz do ministro da Presidência, afirmou, no final de Julho, que só quando for concluído o processo legislativo sobre as portagens nas SCUT é que o Executivo definirá o calendário para o início da cobrança de portagens.
As pré-reservas dos chips podem ser feitas nos CTT e na Via Verde.
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Até 14 de Agosto, a Via Verde tinha 31.900 veículos registados em pré-adesão, disse, na altura, à Lusa fonte oficial da empresa.
A Lusa contactou o Ministério das Obras Públicas para obter esclarecimentos, mas até ao momento não obteve qualquer resposta.
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