«Portugal e o Futuro» é o título de um livro de homenagem a Ernâni Lopes, o antigo ministro das Finanças, já falecido, que negociou com o FMI em 1983 a ajuda externa a Portugal. O livro vai ser apresentado esta terça-feira.
A ideia é encontrar saídas para a actual crise, desafiando oito economistas de duas gerações a apontarem soluções como se fossem ministros.
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É um Portugal e um futuro que não se conjuga sem o passado, num livro que em 50 páginas faz o diagnóstico, mas que, nas restantes 180, traz as soluções, pela caneta de duas gerações de economistas.
Uma homenagem a Ernâni Lopes, o homem que repetidamente antecipava o definhamento da economia portuguesa. Um livro que revela uma ironia: os portugueses que, numa fábrica portuguesa, têm a menor produtividade da Zona Euro são os mesmos que, no Luxemburgo, são os mais produtivos de todos.
Não é por isso estranho que a riqueza por habitante fosse, no ano passado, a mais baixa dos países do euro.
Se Portugal crescesse, na melhor das hipóteses seriam necessárias seis décadas para atingir a média europeia. Uma rota que pode ser corrigida, diz Miguel Frasquilho. Mas não sem dor.
Para contrariar o definhamento pré-anunciado por Ernâni Lopes, o livro não pergunta como foi possível chegar aqui. Concentra-se antes na estratégia de saída da crise.
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