«O meu repto é que o Governo faça o trabalho de casa». As palavras são do ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais que, em 2008, demitiu-se do governo de José Sócrates e hoje é mediador de crédito.
«Até agora, o Governo não tem feito o trabalho de casa de forma apropriada», adiantou João Amaral Tomaz aos jornalistas à margem da conferência «Portugal 2011: vir o Fundo ou ir ao fundo?».
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Para o economista e mediador de crédito, a decisão de recorrer ao fundo de resgate FMI/União Europeia «é uma decisão do Governo», mas adiantou: «O recurso a terceiros só pode ser feito quando o próprio Governo se propõe a fazer o trabalho de casa. Os países têm de resolver os seus problemas, esse é o primeiro passo».
Quanto aos juros exigidos pelos mercados internacionais à Grécia e Irlanda, mesmo com os empréstimos do FMI/UE, Amaral Tomaz mostrou-se esperançado que a situação se altere com a reunião da próxima sexta-feira da Comissão Europeia, onde será discutido o futuro do euro e será dado um «empurrão» às medidas definidas para ajudar os países a sair da crise.
«Talvez Portugal e outros países tem mais atractividade do que acontece agora com a Irlanda ou a Grécia».
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