O comissário europeu para os Assuntos Económicos, Joaquim Almunia, defendeu esta terça-feira que os governos europeus ainda têm um ano para usarem as ajudas excepcionais aos sectores bancários e industriais.
Passado este prazo, a partir do início de 2012, a Comissão restabelecerá o regime «normal» de ajudas estatais, muito mais rigoroso, explicou Almunia numa entrevista ao «Finantial Times», informa a Lusa.
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A Comissão Europeia flexibilizou as regras por que se rege a ajuda governamental em finais de 2008, o que permitiu aos governos canalizar milhares de milhões de euros para créditos baixos, garantias estatais e ajudas directas a empresas e bancos afectados pela crise.
Mas estas regras, de carácter excepcional, expiram no final do ano, o que deu lugar a um debate sobre a conveniência ou não de as renovar para um determinado período de tempo.
As pequenas empresas defendem o prolongamento das garantias aos créditos e ao capital de risco, dado que a banca se mostra renitente a conceder novos créditos.
Almunia explica na entrevista ao «Finantial Times» a sua intenção de ampliar por um ano, ainda que com algumas modificações técnicas, esse regime excepcional para o sector bancário, eliminando-o de forma gradual ao longo desses 12 meses.
«Se analisarmos a situação actual, não estamos em condições de voltar a um regime normal. Sabemos que há todavia instituições a precisar de apoio que implica injecções públicas de capital», assinala Almunia, referindo-se às dificuldades do sector bancário irlandês e aos problemas de parte da banca alemã.
«Mas queremos estar em condições de voltar a um regime normal a partir de 2012», acrescentou.
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