O défice grego atingiu os 14,493 mil milhões de euros nos primeiros oito meses de 2010, menos 32,2 por cento do que no ano anterior, segundo dados provisórios avançados esta sexta-feira pelo ministério das Finanças, informa a Lusa.
A explosão do défice grego em 2009 deu origem a uma profunda crise no país, obrigando o governo a adoptar rigorosas medidas de austeridade para equilibrar as contas públicas.
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«A redução mensal do défice superou o objectivo de 26,5 por cento fixado inicialmente», adianta o comunicado oficial.
Esta diminuição deve-se principalmente à redução das despesas em 7,7 por cento, ficando acima da previsão inicial de 5,5 por cento, e ao aumento das receitas em 3,3 por cento.
O orçamento para 2010 prevê um aumento de 13,7 por cento das receitas, o que constitui um desafio para o governo socialista que criou uma série de impostos para alcançar este objectivo, mas tem tido dificuldades em fazer entrar as receitas fiscais nos cofres do Estado.
A Grécia comprometeu-se a limitar o défice a 8,1 por cento no fim de 2010, adoptando um plano de austeridade imposto pela União Europeia e o Fundo Monetário Internacional, em troca de um empréstimo de 110 mil milhões de euros ao longo de três anos.
A primeira entrega de 20 mil milhões de euros (14,5 mil milhões dos países da zona euro e 5,5 mil milhões do FMI) foi feita em Maio.
A segunda entrega, de 9 mil milhões de euros (6,5 mil milhões de euros dos países da zona euro mais 2,5 do FMI) está prevista para Setembro.
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