O ministro dos Negócios Estrangeiros acredita que as cimeiras União Europeia-América Latina e Portugal-Brasil, na próxima semana, serão fundamentais para reforçar relações com o espaço latino-americano, sobretudo quando a situação económica exige que Portugal «mobilize todos os seus recursos para vender mais».
A cimeiras entre a União Europeia e América Latina e Portugal e Brasil, que se realizam na próxima semana em Madrid e Lisboa, respetivamente, são «dois momentos» em que o Governo português «estará empenhado em reforçar» as suas relações com o espaço latino-americano, «seja no contexto das relações da UE, seja no plano bilateral», destacou Luís Amado.
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Em declarações á Agência Lusa, o chefe da diplomacia portuguesa salientou que, nestes dois contextos, as relações com a América Latina têm tido um «desenvolvimento extraordinário» ao longo da ultima década, «por força em particular da importante plataforma que se tem vindo a consolidar na relação com o Brasil».
Esta relação não se desenvolve apenas «no plano estratégico e político» mas também do ponto de vista «económico e empresarial, onde hoje praticamente todos os sectores empresariais portugueses estão representados», salientou Luís Amado.
A partir da relação com o Brasil, explicou o ministro dos Negócios Estrangeiros, «têm sido incrementado os movimentos da internacionalização, pela via de exportações e pela via de investimento em todas as economias da região».
Como exemplo destes avanços, o governante português referiu o «passo importante para reforçar a relação política» que foi dado na sexta feira quando se reuniu, em Lisboa, com o seu homólogo colombiano, Jaime Bermúdez Merizalde, assim como as relações com a Venezuela que «têm vindo a intensificar-se extraordinariamente».
Também as «relações com o Chile, com a Argentina, com o Peru, com o México, têm vindo a ter um importante papel no reforço de alguns setores económicos e empresariais» acrescentou Luís Amado.
Sobre a cimeira bilateral com o Brasil, que decorre na quarta feira em Lisboa, o chefe da diplomacia portuguesa considerou que vai ser «mais um passo no sentido do reforço da relação que de alguma forma alimenta toda a relação de Portugal com o espaço da América Latina».
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