A ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque mais uma vez questionada sobre o pós-troika, desta vez pelo Financial Times, disse que o facto de existirem diferentes opções em cima da mesa significa que o país fez muitos progressos.
«Temos de considerar o que as pessoas acham que vai ser o melhor. Não sei se os eleitores preferem que sejamos prudentes ou ousados», admitiu.
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Na mesma entrevista, e falando do tema da política monetária, a governante adiantou que seriam bem-vindas medidas não convencionais do Banco Central Europeu, nomeadamente a compra de obrigações de dívida pública. «Se o BCE tomasse medidas não convencionais de injeção de liquidez, a mais útil seria a compra de obrigações, mais propriamente dívida bancária», sublinhou.
Apesar do FMI já ter alertado para o risco de deflação na zona euro, o presidente do BCE, Mario Draghi, adiantou que poderia tomar medidas mais radicais, incluindo através da injeção de liquidez.
Ainda assim, o BCE ainda não se decidiu sobre que ações irá levar a cabo. Maria Luís Albuquerque diz não acreditar que haja o risco de deflação em Portugal, mas sublinhou que um longo período de inflação baixa seria prejudicial à economia. «Tudo o que evite a deflação é positivo», sublinhou.
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