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Passos Coelho: Sócrates tem visão irrealista do país

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Situação impede entendimento de médio longo prazo entre PSD e o Governo

O presidente do PSD considerou hoje que a leitura que o primeiro-ministro faz da situação do país é irrealista e impede um entendimento de médio longo prazo entre o seu partido e o Governo.

«Quando vem dizer que no fundo o que o país está a fazer é contribuir para ajudar o euro, é realmente uma visão extraordinária do que se está a passar», observou Pedro Passos Coelho, num almoço promovido pelo Fórum para a Competitividade, no Centro de Congressos de Lisboa, noticia a Lusa.

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O presidente do PSD disse que quem ouviu a entrevista de José Sócrates à RTP na terça feira à noite «ficou com a ideia de que pelo menos o chefe do Governo permanece com uma leitura da realidade que não é correcta».

Quem ouviu o primeiro ministro «ficou com a ideia de que ele está muito convencido de que esta situação por que estamos a passar é eminentemente conjuntural e se deve a fatores externos», completou Passos Coelho.

«Se Portugal hoje está na primeira linha da convulsão externa, isso deve-se a fragilidade internas. Não é por acaso que nem todos os países da Europa estão nas mesmas circunstâncias face à instabilidade do euro», contrapôs.

Segundo o presidente do PSD, o comportamento de países como Portugal, Itália, Grécia e Irlanda contribuiu para a vulnerabilidade do euro. «Nós também temos de fazer a nossa quota parte para não continuar a prejudicar o euro», defendeu.

«Ora, é muito difícil esperar um entendimento de médio longo prazo que seja um entendimento estratégico sobre medidas relevantes a adotar quando temos uma visão tão diametralmente oposta, quer do problema, quer da receita», acrescentou.

Passos Coelho reforçou que não será fácil «ir mais longe do que o acordo para medidas conjunturais» acordado na semana passada entre o PSD e o Governo.

«O acordo que o PSD deu ao Governo foi rigorosamente sobre um pacote de medidas que foi negociado e que visavam em meio ano, até ao final de 2010, fazer um esforço adicional para reduzir o défice em mais 1%», sublinhou.

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