Henrique Granadeiro confirmou que as aplicações da Portugal Telecom na Rioforte e na ESI não tinham qualquer garantia da parte do GES e adiantou que está convencido que os 897 milhões de euros investidos em 2014 seriam devolvidos à PT se o banco não tivesse colapsado.
«Tenho a certeza que, se esta tragédia não tivesse acontecido, eles acabariam por honrar essas aplicações».
A «confiança» estava estabelecida, então, no âmbito da «parceria estratégica» com o BES, tal como já tinha veiculado Zeinal Bava na comissão de inquérito.
«O BES propunha, aconselhava e vendia as aplicações (…) A nossa confiança era no quadro da parceria, na prática continuada e no facto de as operações serem sempre pagas. Nunca tivemos um incidente, nem uma ameaça disso».
PUB
O ex-presidente da PT confirmou, no entanto, que, dentro da operadora, os investimentos no GES eram vistos como operações com o banco e não com a área não-financeira.
«Aquilo que estava enraizado é que a operação era com o BES e que o BES honraria o seu pagamento, como sempre honrou».
«Usei sempre a nomenclatura que era usada invariavelmente ao longo 14 anos. Era conhecido por Grupo Banco Espírito Santo. E o BES tinha o seu valor em garantir estas operações com um parceiro».
PUB