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Espanha vai pedir a Bruxelas alívio na meta do défice

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Rajoy diz que é «suicídio» passar de défice de 8% em 2011 para 4,4% este ano

O governo espanhol tem desenhada uma estratégia para negociar com Bruxelas uma alteração ao compromisso do défice para este ano, para que possa ficar acima dos 5 por cento do PIB, avança o «El País».

O primeiro-ministro Mariano Rajoy considera que é um «suicídio» passar o défice dos 8%, registados em 2011, para os 4,4% exigidos para o presente ano.

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O jornal, que cita fontes do governo, explica que o presidente do executivo, Mariano Rajoy e o ministro da Economia, Luis de Guindos, deverão pedir formalmente a Bruxelas para «suavizar» a meta do défice num prazo máximo de 10 dias.

Apesar do governo espanhol insistir que está a trabalhar para cumprir as metas atualmente impostas - um limite máximo de 4,4% do Produto Interno Bruto (PIB) no défice deste ano - Madrid reconhece a dificuldade a que obriga cumprir essa meta.

Em especial porque em 2011, ano em que ainda governavam os socialistas, o défice terá tido um desvio de pelo menos dois pontos, para 8% do PIB, face à meta acordada com Bruxelas, de 6%.

Resolver esse desvio e cumprir os objetivos iniciais de redução de défice obrigaria a cortes este ano de mais de 40 mil milhões de euros, uma meta complicada numa altura em que Espanha vive já com indicadores de recessão económica e com o desemprego mais elevado da UE.

Oficialmente Mariano Rajoy tem insistido que Madrid «vai cumprir os objetivos de défice que se estipulem» mas o tema continua a suscitar debates entre o governo e a oposição, tendo o líder socialista Alfredo Pérez Rubalcaba defendido na reunião da semana passada com o primeiro-ministro uma alteração às metas de défice.

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Mesmo que a nova meta de défice seja cumprida o corte global este ano teria que ser de 30 mil milhões de euros, dos quais cerca de 15 mil milhões estão já contidas num primeiro pacote aprovado por Rajoy e que inclui reduções de gastos e aumentos de impostos.

A decisão final poderá estar agora dependente das previsões da Comissão Europeia (CE), divulgadas na quinta-feira, que o Governo espanhol pediu já sejam «realistas».

Em outubro, nas previsões de outono, Bruxelas previa que a economia espanhola cresceria 0,7% este ano mas tanto o FMI como o Banco de Espanha preveem uma recessão este ano, respetivamente de 1,5 e de 1,7%.

A par da realidade económica Madrid debate também a questão do balanço entre austeridade e controlo das contas públicas e políticas que favoreçam o crescimento e o emprego na UE.

Espanha, recorde-se, está entre os países que escreveu ao presidente do Conselho Europeu e da Comissão Europeia a solicitar uma aposta na agenda de crescimento como tema central para o próximo Conselho Europeu.

[Notícia atualizada]

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