A Fitch subiu o rating da Grécia, retirando o país de «incumprimento seletivo», e classificando-o agora com a nota de «B-», que continua a significar a dívida grega como sendo um investimento «altamente especulativo».
A agência atribui ainda um outlook estável, o que significa que não se esperam alterações na classificação para breve.
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A decisão surge na sequência da operação de troca de obrigações gregas, que se traduz num perdão de dívida, e que contou com uma participação de 95% do sector privado. A operação «melhorou significativamente o perfil de dívida da Grécia» e reduziu o risco de repetição das dificuldades de reembolso no curto prazo.
A Fitch admite que continua a existir um risco muito significativoa e material de default, dado o ainda «muito elevado nível de endividamento» e os desafios económicos do país, mas sublinha que existe também uma margem limitada de segurança para o serviço da dívida com as novas obrigações (que resultam da troca), por um período de 12 a 24 meses. Daí o outlook estável.
«A capacidade de pagamento permanece vulnerável à deterioração no ambiente político e económico», ressalva.
Concluída a operação de troca de obrigações, a Fitch estima que o sector privado detém agora apenas 30% do stock da dívida pública do país.
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