Já fez LIKE no TVI Notícias?

UE: rever programa português «não está nos planos»

Programa português está no bom caminho, diz o comissário europeu

O comissário europeu dos Assuntos Económicos garantiu esta terça-feira em Bruxelas que «não está nos planos» de Bruxelas uma revisão do programa de assistência a Portugal, admitindo apenas pequenos ajustamentos dentro daquilo que foi inicialmente acordado.

Questionado no final de uma reunião dos ministros das Finanças da União Europeia sobre a possibilidade de, uma vez acordado o segundo programa de ajuda à Grécia, haver disponibilidade para flexibilizar o programa português, designadamente ao nível da sua duração, Olli Rehn reservou mais comentários sobre a situação de Portugal para o final da terceira avaliação da troika atualmente em curso, mas disse que não há planos para uma «revisão de tal grandeza».

PUB

«Está em curso a terceira revisão (da implementação) do programa português que deve estar concluída na próxima semana. Reservo-me o direito de olhar para os resultados da avaliação, mas atualmente não temos planos de um tal género de revisão de vulto», declarou.

O Ecofin, que reúne os ministros das Finanças da União Europeia, decidiu apertar a vigilância a Portugal, mesmo depois de terminar o programa de ajustamento da economia nacional.

E perdoar dívida portuguesa?

Por outro lado, Rehn descartou por completo que sejam aplicadas a Portugal ou Irlanda soluções do mesmo género às aplicadas à Grécia a nível de títulos de dívida e envolvimento do setor privado.

«Relativamente ao envolvimento do setor privado, repito e continuarei a repetir que a Grécia é um caso específico e único que não será repetido no caso de qualquer outro país da zona euro. Além disso, a Irlanda e Portugal estão no bom caminho na implementação dos programas».

PUB

Já esta madrugada, o comissário contrapôs o sucesso do programa de ajuda à Irlanda e a boa implementação do programa português ao fracasso do primeiro resgate à Grécia, que teve de ser «corrigido» com um segundo pacote de ajuda.

No final de uma longa reunião do Eurogrupo, concluída de madrugada, na qual os 17 chegaram finalmente a um acordo sobre um segundo programa de assistência financeira à Grécia, Olli Rehn, ao ser questionado sobre o evidente fracasso do primeiro programa, que forçou a Zona Euro a negociar um segundo ainda mais avultado, sustentou que este género de programas funciona, como se observa noutros países, e se tal não aconteceu no caso da Grécia tal deveu-se a fragilidades que estão agora a ser corrigidas.

«Na Irlanda o programa funcionou e está a apresentar resultados (...), o programa português também está no bom caminho, e a Letónia está a recuperar», apontou, citado pela Lusa, referindo-se a outros países que necessitaram de programas de ajuda externa.

PUB

Quanto à Grécia, apontou, os resultados não apareceram pois a implementação do programa de ajustamento foi afetado por uma capacidade administrativa fraca e por uma unidade política fraca, problemas que, garantiu, estão agora a ter resposta.

Relativamente ao primeiro problema, indicou, será reforçada a assistência técnica às autoridades gregas e haverá uma presença constante no terreno, de membros da task force da Comissão assim como de especialistas de outros Estados-membros e instituições.

Já o segundo problema, da unidade política, Rehn considerou que agora estão reunidas as condições, através de um «forte compromisso» dos principais partidos da coligação.

[Notícia atualizada às 14:30 horas com novas declarações de Olli Rehn]

PUB

Últimas