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Áustria segue pisadas de Portugal para cortar custos na energia

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Ministra austríaca das Finanças está em negociações com a CIP

A experiência portuguesa de cortar custos com energia parece ter convencido os austríacos. É que a titular da pasta das Finanças da Áustria, Maria Fekter, está a negociar com a Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) uma colaboração que permita reduzir esses mesmos custos. A ideia é aproveitar a mão-de-obra especializada em Portugal.

«Estamos a falar com a CIP e trouxemos uma grande comitiva de empresas desta área - energia solar, energia eólica e outras [empresas] de energias renováveis ¿ porque estamos interessados em trabalhar juntos», disse à Lusa a ministra, à margem da jornada técnica sobre eficiência energética, organizada em Lisboa pela comitiva do governo austríaco.

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«Sabemos que Portugal tem mão-de-obra bem preparada que, no momento, não tem emprego e, na Áustria, temos falta de trabalhadores especializados, porque temos uma situação de quase emprego total», referiu ainda Maria Fekter, antes de acrescentar que tal «pode ser uma situação de ganho para os dois lados».

Isto porque o Governo austríaco quer «intensificar a relação com Portugal», razão pela qual integrou uma delegação com empresas na viagem a Lisboa.

«Investimos 100 milhões de euros por ano num programa de cinco anos para conseguir mais eficiência energética em edifícios de empresas mas também de casas particulares a fim de baixar os custos de energia», referiu.

Para isso, adiantou a ministra, «é preciso renovar estes edifícios, janelas, fachadas, etc., e isto permite não só diminuir os custos e melhorar a eficiência climatérica, mas também faz crescer a economia e aumenta o emprego».

A Áustria adotou, em 2010, um programa de cinco anos para diminuir os seus custos com energia e pretende «atingir até 2020 o nível [de gastos] de 2005, reduzindo o consumo energético em 1,5 por cento ao ano», avançou ainda na apresentação das jornadas técnicas.

«Com um investimento público de 100 milhões de euros, conseguimos alavancar um investimento de 880 milhões de euros anuais», disse Maria Fekter, que explicou que a multiplicação deve-se ao facto de «todos os edifícios terem de ser reformulados para que os custos da energia sejam drasticamente reduzidos».

Além disso, o investimento também implicou a criação de 12.500 postos de trabalho, mostrando ser «um bom exemplo do que se pode fazer pela eficiência energética e para tornar as nossas economias preparadas para o futuro», concluiu.

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