O FMI já o tinha feito esta manhã e a Comissão Europeia vem agora reforçar: não existiram negociações entre FMI e Itália sobre um pacote de ajuda financeira, noticiado esta semana pela imprensa italiana.
«Essa possibilidade nunca foi discutida» entre o comissário Olli Rehn e o novo primeiro-ministo italiano, Mario Monti, disse esta segunda-feira, em Bruxelas, o porta-voz dos Assuntos Económicos, Amadeu Altafaj Tardio, na conferência de imprensa diária do executivo comunitário.
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«Não sei de nenhum apoio financeiro solicitado pelos italianos», sublinhou o porta-voz da Comissão, citado pela Lusa.
Rehn e Monti encontraram-se na sexta-feira passada em Roma, um dia antes de o jornal italiano «La Stampa» ter noticiado, citando fontes do FMI, que a instituição preparou um pacote de ajuda de até 600 mil milhões de euros para a Itália para o caso da crise da dívida do país se agravar, cenário entretanto já desmentido pela entidade presidida por Christine Lagarde.
Este programa permitiria à Itália dispor de uma «janela» de 12 a 18 meses para colocar em prática um plano de redução das despesas orçamentais e encetar reformas económicas destinadas a incentivar o crescimento em vez de refinanciar a dívida, indicava o jornal, ao apontar que em estudo estava ainda uma eventual participação do Banco Central Europeu.
De acordo com o «La Stampa», o FMI garantiria este empréstimo a uma taxa entre os quatro e os seis por cento, muito inferior à taxa obtida pelo país nos mercados internacionais para colocar obrigações da dívida a dois e cinco anos, e que já passa os 8% na primeira maturidade.
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