O Parlamento alemão só debaterá o novo pacote de ajudas à Grécia e o alargamento do âmbito do fundo de resgate europeu (FEEF) aprovados na cimeira da Zona Euro depois das férias de verão, anunciou o presidente daquele órgão.
Em entrevista ao jornal «Frankfurter Allgemeine» Norbert Lammert considerou desnecessário convocar uma sessão extraordinária do Parlamento durante as férias, que terminam em princípios de Setembro.
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A sessão tinha sido requerida, nomeadamente, pelo deputado liberal Frank Schäffler, conhecido eurocéptico que alegou que as decisões tomadas pelos líderes dos países da moeda única, na semana passada, contrariam anteriores resoluções do hemiciclo germânico.
O presidente dos liberais, Philipp Rösler, desvalorizou as declarações de Rösler e mostrou-se convicto de que o novo pacote de medidas para estabilizar o euro e salvar a Grécia da bancarrota será aprovado por larga maioria no Parlamento.
Os grupos parlamentares democrata-cristão e liberal, que sustentam o Governo de centro direita, votarão a favor das medidas em questão, «porque estas estabilizam o euro, são boas para a Europa e para a Alemanha», disse Rösler, que é também vice-chanceler e ministro da Economia, à televisão pública ARD.
A oposição também deverá votar a favor do novo programa de ajustamento para a Grécia, num total de 158 mil milhões de euros, e da atribuição de novas competências ao FEEF.
O presidente dos sociais-democratas do SPD, Sigmar Gabriel, já afirmou que «não há alternativa» ao referido pacote. «A Alemanha é uma nação exportadora e só pode estar bem se os seus vizinhos também estiverem, para que possam comprar os nossos produtos», disse Gabriel ao tablóide «Bild».
Por sua vez, o líder dos Verdes, Cem Ozdemir, advertiu que a crise das dívidas soberanas na Zona Euro ainda não está ultrapassada e chamou a atenção para o facto de os juros da Espanha e da Itália nos mercados secundários estarem a subir.
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