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Governo proíbe pagamentos em dinheiro acima de 1.000 €

Proposta do Orçamento Retificativo prevê isso mesmo. Acima desse valor terão de ser efetuados por cheque, débito direto ou transferência bancária

Fazer compras em dinheiro, sim, mas com um limite. Todos os pagamentos feitos a empresas em dinheiro vivo terão um teto máximo de 1.000 €. É o que consta na proposta do Orçamento Retificativo preparada pelo Ministério das Finanças, que deverá ser aprovada esta quinta-feira em Conselho de Ministros. O primeiro-ministro antecipou, em entrevista à TVI, que o Retificativo não tem mais medidas de austeridade.

Segundo o «Jornal de Negócios», a proposta prevê que os «pagamentos efetuados a sociedades ou contribuintes de IRS com contabilidade organizada, respeitantes a fatura ou documentos equivalentes de valor igual ou superior a mil euros», passarão a ter de ser efetuados por cheque, débito direto ou transferência bancária. O objetivo é permitir a identificação do destinatário.

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Também com o intuito de combater a economia informal, a proposta do Orçamento Retificativo inclui a obrigatoriedade de as instituições bancárias comunicarem anualmente ao Fisco a informação sobre fluxos de pagamentos com cartões de crédito e débito.

Alguns recibos verdes descontam menos

Em cima da mesa está também a proposta que indica que os trabalhadores independentes que «registem uma quebra significativa de rendimentos em relação ao ano anterior, deverão poder mudar de escalão e passar a fazer menos descontos à Segurança Social».

Para além disso, a taxa de 5% que as empresas que contratam falsos recibos verdes «estão obrigadas a pagar vai ser desviada para pagar o subsídio de desemprego destes trabalhadores, prejudicando-os no valor futuro das respetivas pensões de reforma».

Mais: «O reporte anual de atividade a que os trabalhadores independentes começaram a ficar sujeitos este ano, para permitir à Segurança Social aferir quem concentra mais de 80% da sua prestação de serviços à mesma empresa» é outra novidade.

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Noutra vertente, a proposta prevê promoções dos militares, permitindo que o tempo de trabalho prestado ao longo deste ano seja contabilizado para essas promoções.

O jornal adianta também que os estatutos dos magistrados judiciais e do Ministério Público «vão passar a prever expressamente que as componentes do sistema retributivo dos magistrados ficam sujeitas às reduções remuneratórias e o pagamento de subsídios de férias e de natal sujeito à suspensão, nos termos e com efeitos estabelecidos na Lei do Orçamento do Estado».

E os trabalhadores independentes que «liquidem IVA e as sociedades coletadas em IRC vão ter de concentrar a sua correspondência com a Segurança Social no e-mail dos Correios». Algo para cumprir até dia 30 de junho deste ano.

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