A CGTP avança esta segunda-feira com mais uma semana de luta, esta marcada por centenas de ações e de plenários de trabalhadores em todo o país e que culmina com uma manifestação nacional da Função Pública, na sexta-feira, em Lisboa. Uma semana de luta contra "ingerências" e também para pressionar a reposição do horário semanal de 35 horas na função pública, depois de ter sido noticiado que o PS propõe que a medida se faça de forma faseada. Os sindicatos SINTAP e FESAP estão contra, bem como a CGTP, que quer que esta seja uma realidade já em julho.
Há um “sentimento generalizado de mais segurança e confiança” face à recuperação de alguns direitos, como a reposição dos feriados, dos salários, o aumento do salário mínimo nacional, a redução da sobretaxa do IRS, a reposição de complementos de reforma, mas o secretário-geral da CGTP explica, citado pela Lusa, porque é que a intersindical vai sair à rua.
PUB
“Este é um tempo que justifica uma mobilização nacional contra ingerências de que Portugal está a ser vítima”.
A defesa do emprego e o combate à precariedade, a dinamização da negociação na Administração Pública, o fim dos “bloqueios dos patrões” à contratação coletiva, o aumento geral dos salários e a reposição das 35 horas nos setores público e privado são os “eixos centrais” da intervenção da CGTP ao longo desta semana, segundo Arménio Carlos.
Pressão sobre as 35 horasA manifestação nacional de funcionários públicos, no final da semana, não pretende pôr em causa o Governo, mas identificar os problemas dos trabalhadores e dar força aos compromissos assumidos pelo executivo, referiu o sindicalista.
“A resposta que os trabalhadores da Função Pública vão dar na próxima sexta-feira é a resposta adequada de que os compromissos são para cumprir e que estão disponíveis para fazer tudo, com todos aqueles que estão sintonizados com a concretização da reposição das 35 horas, para obstaculizar às pressões externas ou internas que se venham a verificar para impedir que aquilo que é um dos direitos dos trabalhadores venha a ser concretizado”.
PUB
2ª feira | Greve e manifestação dos trabalhadores da Frauenthal Automotive, no Cartaxo |
3ª feira | Concentração de trabalhadores da administração local, em Lisboa |
4ª feira | Concentração e manifestação dos trabalhadores do setor têxtil, em Famalicão |
5ª feira | Greve dos trabalhadores da Portway e da Groundforce, em Lisboa |
6ª feira | Manifestação nacional da Função Pública pela reposição das 35 horas a 1 de julho, em Lisboa |
Ao longo desta semana serão ainda realizados centenas de plenários de trabalhadores, por todo o país, em que serão discutidos cadernos reivindicativos onde constam matérias como salários, combate à precariedade, horários de trabalho, pagamento de trabalho extraordinário e outras exigências dos trabalhadores.
“Procuraremos identificar, em cada um dos dias, uma questão concreta, um problema objetivo que queremos resolver”, disse ainda Arménio Carlos a propósito das várias ações de luta previstas para esta semana.
Entre greves, concentrações e paralisações, a CGTP já realizou 59 ações de luta desde 1 de janeiro deste ano até 11 de maio último, face às 86 ações de luta levadas a cabo pela Inter em igual período de 2015, segundo os dados da central sindical facultados à agência Lusa.
PUB