A greve nas ligações fluviais entre Lisboa e Seixal repetiu esta tarde as «adesões massivas do período da manhã», segundo um dirigente da Federação dos Sindicatos de Transporte e Comunicações, que aponta para valores acima dos 90%.
José Augusto afirmou, citado pela Lusa, que durante a parte da tarde o último barco da Transtejo partiu às 17h33 e a próxima carreira só será efectuada depois das 20h00.
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«A adesão esta tarde é igual à da manhã com a actividade a estar parada na totalidade com adesões massivas entre os 93% e os 94%», disse.
O sindicalista acrescentou que os serviços de manutenção se juntaram ao período de paralisação da tarde com uma adesão de mais de 90%.
Questionado sobre a reacção dos utentes José Augusto afirmou que os trabalhadores têm recebido «compreensão e solidariedade», uma vez que os passageiros «também são vítimas das medidas obtusas».
Esta greve insere-se na semana de protestos do sector dos transportes, estando agendada uma paralisação da Soflusa na sexta-feira.
Em causa estão cortes de salário, «um atentado» ao acordo de empresa devido às medidas inseridas no Orçamento do Estado e a redução de cinco carreiras fluviais da Transtejo na hora de ponta.
José Augusto citou um funcionário que comparou o corte de transportes públicos na hora de ponta ao encerramento de restaurantes durante a hora de almoço.
À porta fechada do cais fluvial do Cais do Sodré, os passageiros tentavam saber se alguma carreira iria ser feita e a informação que lhes estava a ser dada era que as ligações só seriam retomadas pelas 20h30.
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