O controlo de custos deverá manter-se como o foco principal da actividade da Zon em 2012 em resultado da maior pressão criada pelas medidas de austeridade já anunciadas, segundo José Pereira da Costa, administrador financeiro da empresa.
«Estamos a fazer um trabalho de redução da base de custos. Esse tem sido o foco para este ano e será seguramente para o próximo», assegura José Pereira da Costa. Até porque, «para o próximo ano antecipa-se mais pressão» com as medidas de austeridade. «O corte do 13º e 14º mês vão tornar o ambiente ainda mais difícil, mas estamos bem preparados».
PUB
Apesar da quebra de 3,6 por cento registada nas receitas da ZON no terceiro trimestre de 2011, o EBIDTA (resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) manteve-se praticamente inalterado nos 79,6 milhões de euros.
E quando se analisam os valores acumulados dos nove primeiros meses do ano verifica-se que o EBIDTA cresceu 3,7 por cento, isto apesar de uma quebra de 1,9 por cento das receitas. «O que significa que estamos a fazer um trabalho de redução da base de custos, com os custos totais a cair cinco por cento», salienta o responsável financeiro da empresa.
«Sendo certo que vai continuar a haver pressão em termos de receita total vamos ter de continuar o nosso trabalho interno de revisão de processos e contenção ou controlo de custos para conseguir manter margens de rentabilidade e procurar ir melhorando o nosso «cash flow» gerado».
«Vamos continuar a pagar dividendos»
Apesar das necessidades de controlo de custo, José Pereira da Costa diz que será possível manter o actual nível de investimento em torno dos 35 milhões de euros por trimestre «para mantermos a liderança na inovação, o lançamento de novos serviços e a instalação de novos equipamentos».
PUB
Em relação à hipótese de a Zon vir a pagar dividendos aos seus accionistas em função dos resultados de 2011, José Pereira da Costa considera ser ainda «cedo» para abordar o assunto, mas lembra que a empresa tem vindo a pagar dividendos «todos os anos».
«Estamos seguramente numa posição confortável para continuar a pagar dividendos no futuro».
No terceiro trimestre, a ZON apresentou um resultado líquido de 9,1 milhões de euros, o que representa um crescimento de 5,7 por cento face ao mesmo trimestre de 2010.
PUB