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Mais de 70% das empresas não planeia contratar mães

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Atitudes «preconceituosas» estão de volta numa altura em que aumentam restrições económicas

Mais de 70 por cento das empresas portuguesas não planeia contratar mães trabalhadoras em 2011, situação que denota o regresso de «atitudes preconceituosas» numa altura em que aumentam as restrições económicas, revela esta quinta-feira um estudo da empresa «Regus».

«Em Portugal, onde 43% das empresas planeia contratar novo pessoal, esta tendência é bastante evidente já que apenas 28% das empresas responderam que planeiam contratar mães trabalhadoras», refere o mesmo estudo.

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O director-geral da «Regus» para a Região da Europa, Médio Oriente e da África (EMEA), destacou, citado pela Lusa, que «não é surpreendente ver que as atitudes preconceituosas voltam a estar na ordem do dia devido às restrições económicas» e que algumas empresas continuam a mostrar receios «obsoletos no ambiente de trabalho».

Por outro lado, «Portugal oferece muito poucas oportunidades de trabalho a tempo parcial às mães trabalhadoras», embora a grande maioria das empresas concorde com o facto de que barrar a entrada a mães trabalhadoras significa «deixar de fora pessoal valioso», disse Paulo Dias.

Empresas preocupadas com licenças de maternidade

O inquérito revela que também que se trata de uma tendência mundial, mas que tem sobretudo maior incidência nos países que estão mais sujeitos a restrições económicas.

Em comparação com as expectativas de emprego nas empresas, em que 45% destas a nível mundial pretendem firmar novos contratos em 2011, o estudo da «Regus» vem alertar para o facto de as intenções dos empresários e dirigentes em empregar mães trabalhadoras se terem retraído bastante.

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O inquérito refere ainda que a atitude assumida por parte dos decisores empresariais poderá levar ao «declínio do emprego» para as mães trabalhadoras.

O estudo refere ainda que uma em cada quatro empresas portuguesas está preocupada com o facto de as mães trabalhadoras poderem vir a tirar licença de maternidade para terem mais filhos. Esta atitude está sobretudo a causar preocupações às famílias, aos grupos femininos e aos governos a nível mundial, conclui o estudo.

O inquérito foi realizado pela organização independente MarketingUK a mais de 10 mil empresas da base de dados global da «Regus» nos meses de Agosto e Setembro de 2010.

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