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Camionistas vão parar o país em Maio

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Paralisação poderá coincidir com vinda do Papa

A paralisação decidida este Sábado pela Associação Nacional das Transportadoras Portuguesas (ANTP) poderá acontecer a partir de 10 de Maio, «a qualquer dia», caso o Governo não responda às reivindicações do sector até essa data.

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A decisão foi tomada na reunião realizada no Sábado à noite, à porta fechada, segundo disse aos jornalistas o presidente da Assembleia-Geral da ANTP.

Sem querer comentar o facto de a paralisação poder vir a coincidir com a visita do Papa Bento XVI a Portugal (que decorre de 11 a 14 de Maio), António Lóios apenas adiantou que a ANTP espera respostas do Governo até essa data.

Abril com 28 greves e 19 manifestações

«Lamentavelmente fomos forçados a chegar a este ponto. Não queríamos, mas não nos resta outra alternativa. Até dia 10 esperamos que o Governo nos dê respostas. A partir daí pode acontecer, de imediato, em qualquer dia», adiantou.

O dirigente da ANTP recordou que a outra associação do sector, a ANTRAM, anunciou, num jornal, a intenção de paralisar na segunda quinzena de Maio, caso o Governo não responda às suas reivindicações, escreve a Lusa.

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António Lóios afirmou que os órgãos sociais da ANTP reúnem-se na segunda e na terça-feira, na sede da associação, em Loures, para decidirem «em que moldes e de que forma» vai decorrer a paralisação.

Questionado sobre se ela pode voltar a assumir o carácter de bloqueio, como aconteceu em Junho de 2008, António Lóios limitou-se a repetir que a paralisação decorrerá «no respeito pela lei».

O que pedem?

A ANTP reivindica a aplicação em Portugal da directiva comunitária que permite a redução de oito cêntimos no litro do gasóleo e contesta o regime de contra-ordenações (acusando o Governo de ter piorado a situação com a decisão que anunciou na última reunião com a associação).

Por outro lado, considera-se «enganada» por o Governo não ter comunicado nessa reunião, realizada na quinta-feira, a decisão, tomada nesse dia, de taxar as SCUT, o que, segundo António Lóios, «não vem trazer nada de bom para as transportadoras».

Na reunião deste Sábado em Rio Maior participaram cerca de 100 pessoas, assegurando António Lóios que a representatividade do sector está garantida, dado que muitos transportadores se fizeram representar e que outros deram o seu aval, em reuniões realizadas por todo o país, às medidas que fossem adoptadas.

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A ANTP foi criada na sequência do bloqueio de 2008, alegando possuir cerca de mil associados, num sector onde existirão «mais de 13 mil empresas» com um total de 59000 veículos de transporte de mercadorias.

Sindicato considera paralisação ilegal

O dirigente da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS) Vítor Pereira considerou já «ilegal» a paralisação marcada pela Associação Nacional dos Transportadores Portugueses (ANTP).

«Essa associação é maioritariamente composta por patrões e como a Constituição da República Portuguesa não permite que os patrões marquem paralisações essa paralisação é ilegal não passando de uma situação de lock out», sublinhou Vítor Pereira.

Governo: paralisação põe em causa negociações

Em reacção ao anúncio de greve dos camionistas, o Ministério das Obras Públicas e Transportes diz que a paralisação «põe em causa» o clima de «diálogo e confiança» das negociações em curso.

Em comunicado, a tutela refere a se trata de uma decisão radical, que visa colocar pressões inaceitáveis em várias entidades.

O ministério acrescenta que já resolveu algumas das exigências das transportadoras, dando como exemplo as contra-ordenações.

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