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Banca é «pato sentado» em situação criada pelo Estado

Daniel Bessa aponta o dedo aos reguladores pelo agravar da situação dos bancos

O ex-ministro da Economia Daniel Bessa defendeu esta terça-feira que «a banca é um pato sentado» numa situação «criada pelo Estado e agora agravada pelos reguladores», e manifestou-se mais preocupado com a dívida do que com o défice.

Durante a sua intervenção na conferência da Associação Portuguesa de Gestão e Engenharia Industrial sobre «Caminhos para a Competitividade», o director-geral da Cotec Portugal afirmou que «a responsabilidade da banca, no meio disto, é menor», considerando «relativamente reduzida» a sua culpa.

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«A banca chegou aqui, em primeiro lugar, porque passou anos a intermediar perante o exterior uma dívida que o País foi construindo e porque depois, pelo caminho, o Estado colapsou», enfatizou.

Para Daniel Bessa, «a banca é um pato sentado no meio de uma situação que foi criada pelo Estado e agora agravada, de uma forma inacreditável, pelos reguladores», com uma margem de erro «reduzida», porque não «tem tido resposta na sociedade» portuguesa.

«A medida que foi adoptada na troika para lidar com este problema, dos 12 mil milhões para capitalizar os bancos, isso não é medida. Os 12 mil milhões não interferem sequer, nem com os depósitos nem com crédito. Isso não vai resolver coisa nenhuma, a não ser proteger, um bocadinho, os depositantes», explicou.

Para o ex-ministro da Economia, Portugal está confrontado «com um problema de crédito público e de dívida pública», que defende ser mais de dívida do que de défice.

À frente dos problemas de produto e mercado, «com um grau de urgência maior está o problema do financiamento. Aí a coisa torna-se mais urgente e mais aguda».

Para Bessa, a curto prazo, «de dias ou de horas, o problema é não ter dinheiro» para coisa nenhuma.

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