Os juros da dívida nacional a 10 anos (referência do mercado) estão a subir esta quinta-feira 24 pontos base até aos 6,316%.
Este é o 11º dia consecutivo em que esta maturidade negoceia acima dos 6%.
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A causar este efeito está a declaração de ontem do presidente da Reserva Federal (Fed) norte-americana, Ben Bernanke, que disse que o banco central pretende avançar com uma «moderação» dos estímulos monetários, deixando antever uma redução desses mesmos estímulos nos Estados Unidos no final do ano.
Bernanke admitiu «poder começar a diminuir o ritmo de compra de activos» e os investidores não gostaram.
Além dos juros a 10 anos, há outras taxas que estão a ser afetadas. A cinco anos, a yield portuguesa aumentou hoje 30 pontos base para os 5,284%.
A onda pessimista está a arrastar-se também ao mercado acionista, com as bolsas europeias a perderem, em alguns casos, mais de 2%.
Lisboa tomba 1,91%, com o setor financeiro a ser claramente castigado: o BPI e o BES afundam quase 3,5%.
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