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Passos: portugueses ainda não perderam paciência com austeridade

Primeiro-ministro acredita que, apesar dos sacrifícios, maioria não quer crise política nem que Portugal falhe acordo com troika

No mesmo dia em que será entrevistado na TVI, o primeiro-ministro disse ao «Financial Times» que, apesar dos sacrifícios pedidos aos portugueses, estes não querem uma crise política, nem que falhe o programa de ajustamento negociado com a troika.

«Depois de ano e meio, os resultados em termos sociais são muito duros. Ninguém gosta de estar em recessão, mas as pessoas vêm o que está a acontecer noutros países. Não querem uma crise política e não querem que o programa [de ajustamento] falhe», disse Passos Coelho, na entrevista, citada pela Lusa.

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Para Passos Coelho, apesar dos sinais de descontentamento, isso não significa que a «sociedade perdeu a paciência com a austeridade», escreve o «Financial Times», adiantando que Passos Coelho citou mesmo uma sondagem (divulgada pelo jornal «i») que indica que 63,5% dos inquiridos consideram que Portugal deve cumprir o acordado com os credores internacionais.

Passos Coelho admite a existência de riscos no programa acordado com a troika, mas assegura que a economia portuguesa não está numa «espiral recessiva», ainda que admita que, em teoria, «é possível» que o país entre na mesma situação que a Grécia.

O governante garantiu que não está a ir mais longe do que exigido pela troika: «Não estou a adotar mais medidas de austeridade do que as que são necessárias para atingir os objetivos».

Passos Coelho reitera que não vai pedir mais tempo para cumprir o programa porque isso significaria pedir mais dinheiro: «Isso significava um novo programa e eu não quero».

A propósito da revisão do Estado Social, Passos diz que, «se quisermos preservar a coesão social e as políticas sociais temos de reduzir o défice e a dívida, reformar a administração do Estado e reduzir alguns benefícios. As prestações sociais aumentaram acentuadamente nos últimos nove anos, simplesmente, tornamos as coisas insustentáveis».

Apesar dos cortes que terão de ser feitos, Passos Coelho garantiu que não terão impacto sobre 90% dos pensionistas e quem tenha um rendimento mensal inferior a 600 euros também não será afetado.

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