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«Saída limpa» é sucesso para Portugal e Europa

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Presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, elogiou a determinação do povo português

O presidente da Comissão Europeia considerou hoje que a «saída limpa» de Portugal do programa de ajustamento é «um sucesso» para o país, mas também para a Europa, e elogiou a determinação do povo português.

«Com uma "saída limpa", Portugal vai agora andar pelo próprio pé. Este não é apenas um sucesso para Portugal, mas um sucesso para a Europa», disse Durão Barroso, numa declaração após a reunião regular com os líderes da zona euro - os presidente do Conselho, Herman Van Rompuy, do BCE, Mario Draghi, e do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem -, no dia em que a ministra Maria Luís Albuquerque comunica formalmente aos seus parceiros da zona euro a decisão tomada pelo Governo.

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Apontando que, «no dia 17 de maio, Portugal vai sair do programa de ajustamento económico e financeiro iniciado em 2011 com o apoio da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional» e que «o vai fazer sem pedir aos seus parceiros internacionais uma linha cautelar», Durão Barroso considerou que tal «é possível graças à aplicação rigorosa do programa nos últimos três anos que produziu resultados impressionantes».

«A maioria dos graves desequilíbrios económicos que levaram à crise foi ou está a ser corrigida. As bases para o crescimento sustentável foram estabelecidas. E a confiança dos investidores voltou. É com satisfação que se ouve o primeiro-ministro português dizer que o país continuará no caminho para umas finanças públicas sólidas e para a estabilidade financeira e a competitividade», afirmou.

Reconhecendo que «não foi um processo isento de dor , longe disso», o presidente do executivo comunitário defendeu todavia que «era inevitável» e elogiou «o povo português pelos esforços e sacrifícios significativos para construir um futuro melhor».

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«A sua determinação merece o nosso total respeito», disse, acrescentando que «a conclusão bem-sucedida deste programa mostra as capacidades imensas de Portugal e dos portugueses para saírem mais fortes da crise».

Assinalando que, «desde que Portugal aderiu à União Europeia em 1986, que a Comissão Europeia tem sido um parceiro leal, dedicado e construtivo», José Manuel Durão Barroso afirmou que o seu executivo «esteve ao lado de Portugal durante a execução do programa de ajustamento» e continuará mesmo após a saída do programa.

Barroso defende consenso «além dos partidos do Governo»

Mas o presidente da Comissão Europeia defendeu ainda que Portugal precisa de um consenso político alargado, «além dos partidos que apoiam o atual Governo», apontando o exemplo da Irlanda e advertindo para «as tentações» político-partidárias.

Questionado sobre os riscos existentes, o chefe do executivo comunitário lembrou que a própria análise da troika aponta «como um dos objetivos a alcançar um consenso numa base mais duradoura e mais alargada». «Infelizmente isso não foi ainda possível», afirmou, referindo que seria desejável que esse acordo se alargasse «para além dos partidos que apoiam o atual Governo».

«Sem dúvida que seria melhor em termos de confiança que um acordo fosse mais amplo e que houvesse uma garantia também no tempo porque, em definição, os governos mudam, é importante que isso aconteça, por exemplo a Irlanda fez esse tipo de acordo, para além de uma legislatura», notou.

Barroso disse respeitar as diferenças políticas entre partidos, mas «pessoalmente» defendeu «que seria bom que se encontrassem aspetos de consenso para garantir essa confiança, para que não viesse qualquer governo que possa por em causa o que foi alcançado com tanto sacrifício».

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