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Para o ex-ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, o dia 6 de abril, foi «sem dúvida o mais longo e mais difícil». Foi há quatro anos o então primeiro-ministro José Sócrates anunciou que Portugal necessitava um resgate financeiro.
Em entrevista à TVI, o ex-governante sublinhou que a sua preocupação era a de convencer o primeiro-ministro de que Portugal necessitava mesmo de uma intervenção externa:
«Tornei muito claro ao primeiro-ministro que teríamos de o fazer [pedido de resgate] e que esse pedido era algo que me parecia «fatal como o destino».
«Tornou-se claro que se o país não tomasse a iniciativa do pedido de ajuda ela acabaria por nos ser imposta pelos nossos parceiros, creio que seria ainda mais vexante para o país», sublinhou.
Mas acrescenta que a sua preocupação, nomeadamente depois de uma reunião com o setor financeiro, agudizou-se, tendo assumido um compromisso: «Comigo não há default».
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Depois desta reunião, seguiu-se um telefonema, durante o qual Sócrates pediu 24 horas a Teixeira dos Santos, mas a renitência mantinha-se:
«À hora de almoço falei com ele. Não podia manter-se em silêncio, porque estaria a ser de alguma forma conivente com uma inércia que podia ser muito prejudicial».
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