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Governo garante salário mínimo de 530 euros, mesmo sem acordo

Executivo propõe redução de 0,75 pontos percentuais da TSU para empresas

Falando aos jornalistas no final de uma reunião em sede de concertação social, que tinha como ponto único na agenda a discussão do SMN, o ministro da tutela referiu que "o Governo aceitou que as empresas que têm trabalhadores que auferem o SMN possam ter, transitoriamente e como medida excecional, uma redução da TSU".

O Governo garantiu esta terça-feira a subida do salário mínimo nacional (SMN) para os 530 euros a partir de 01 de janeiro, a par da redução a Taxa Social Única (TSU) de 0,75 pontos percentuais para as empresas.

"Houve uma discussão intensa e profícua e aquilo que para mim era mais significativo e relevante, que a partir de 01 de janeiro o SMN seja pago aos trabalhadores abrangidos no valor de 530 euros reuniu consenso ou, pelo menos, o entendimento entre os parceiros sociais que esse valor entrasse em vigor", afirmou o ministro da Solidariedade, Trabalho e Segurança Social, Vieira da Silva.

Este aspeto - a redução de 0,75 pontos percentuais de contribuição das empresas para a Segurança Social - não mereceu "um acordo unânime" entre os parceiros, estando por isso marcada uma nova reunião para a próxima segunda-feira, 21 de dezembro, segundo Vieira da Silva.

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O ministro assinalou que o ideal seria que houvesse um acordo unânime, mas na ausência de uma posição comum entre Governo, patrões e sindicatos, caberá ao executivo tomar a decisão final.

"Não tendo havido um acordo formal, os parceiros do lado empregador, mesmo desejando que esse apoio [da redução da TSU] fosse mais forte, mostraram disponibilidade para o aceitar", sublinhou Vieira da Silva.

A CGTP manifestou-se contra a manutenção desta redução das contribuições das empresas, embora se tenha congratulado com o compromisso do Governo de avançar com uma subida do salário mínimo já em janeiro.

"Independentemente de haver ou não acordo, há um compromisso político do Governo que avança com o SMN para os 530 euros, mas esta introdução da TSU vem perturbar a discussão e é uma matéria que precisa de ser tratada numa próxima oportunidade", disse o secretário-geral da Intersindical, Arménio Carlos.

Já as confederações patronais - Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) e Confederação Empresarial de Portugal (CIP) - afirmaram que há condições para que seja alcançado um acordo sobre o salário mínimo, mas consideraram que devem ser tidos em conta na proposta do Governo os custos que as empresas terão com esta subida.

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Embora os patrões tenham ficado satisfeitos com a manutenção da redução da TSU [medida que foi introduzida no acordo em vigor para a subida do SMN, assinado em outubro do ano passado, e que estabeleceu um SMN de 505 euros], dizem que são necessárias medidas adicionais que equilibrem os custos das empresas.

O SMN esteve congelado nos 485 euros entre 2011 e outubro de 2014, quando aumentou para os 505 euros, na sequência de um acordo estabelecido entre o Governo, as confederações patronais e a UGT.

O acordo tripartido para o aumento do SMN vigora até dia 31 deste mês.A concertação Social volta a reunir-se na próxima segunda-feira para continuar a discutir as propostas dos parceiros sociais.  

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