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Incentivos comunitários criam mais e melhor emprego

Relatório conclui criação líquida de 2,1 postos de trabalho por empresa ao fim de três anos

Os incentivos do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) às empresas têm gerado «mais e melhor» emprego, revela um estudo apresentado em Lisboa pelo Observatório do QREN e citado pela Lusa.

Mesmo não sendo o «objetivo primordial» dos incentivos comunitários, cujo foco é o «aumento da produtividade, inovação e exportações» das empresas, a realidade patente no estudo aponta para que ao fim de três anos exista a criação líquida de 2,1 postos de trabalho por empresa, declarou à agência Lusa o secretário técnico do Núcleo de Estudos e Avaliação do Observatório do QREN, Ricardo Mamede.

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Para o responsável, que conduziu o estudo sobre os impactos dos apoios às empresas em Portugal, os fundos têm gerado melhor emprego no sentido em que levam à contratação de «pessoas com formação superior» e por períodos longos, de «alguma sustentabilidade».

Os incentivos do QREN às empresas aumentam também, em 11 pontos percentuais, a probabilidade das mesmas sobreviveram ao fim de três anos , indica o mesmo estudo.

O trabalho de Ricardo Mamede teve como referência o período entre 1999 e 2008.

«O montante médio de incentivo atribuído por cada posto de trabalho gerado ao fim de três anos é de 55 mil euros, o que corresponde a cerca de 18 mil euros por ano. O esforço público total associado à criação de cada posto de trabalho tende a ser inferior a este valor, já que uma parte dos incentivos é posteriormente reembolsada pelas empresas beneficiárias», apontam as principais conclusões do trabalho.

O impacto dos incentivos é positivo «qualquer que seja o tipo de empresa analisado» (por dimensão, idade, setor, âmbito geográfico do negócio, etc, mas torna-se mais pronunciado «em empresas com menos de 10 trabalhadores, novas empresas e empresas com níveis mais reduzidos de autonomia financeira», é também dito.

O estudo do Observatório do QREN vem dar resposta aos apelos da Comissão Europeia, também inscritos no memorando de entendimento com a troika, no sentido de implementar avaliações «mais rigorosas dos impactos dos instrumentos de apoio público, permitindo quantificá-los e, assim, apurar de forma mais exata a eficácia dos efeitos das políticas públicas».

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