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Ministro: estimativas das organizações falharam «significativamente»

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Vieira da Silva considera que desafio imediato passa por dar resposta rápida aos riscos que economia sofre

O ministro da Economia considerou esta quarta-feira que as estimativas das várias organizações para o crescimento da economia em 2010 «falharam significativamente» e que «todos os portugueses» esperam que a oposição se pronuncie rapidamente sobre o apoio às medidas de austeridade.

«As estimativas são estimativas. Como vimos, as de 2010 falharam significativamente, de todas as organizações, e o crescimento da economia portuguesa foi maior», afirmou Vieira da Silva, depois de destacar a revisão em alta do crescimento da economia portuguesa em 2010, feita hoje pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), de 0,3 para 1,1 por cento.

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Vieira da Silva afirmou que o boletim do FMI prevê «um crescimento de zero por cento para o ano de 2011» e que, «há depois afirmações de algum responsável do Fundo Monetário Internacional em que admite que existe uma evolução mais negativa em 2011», em alusão às afirmações do responsável do fundo, Jorg Decressin, que na conferência de imprensa disse que as projecções da organização não contemplam as novas medidas, e que com estas, a economia portuguesa deverá sofrer uma contracção de 1,4 por cento em 2011.

O ministro considerou que o desafio imediato passa por «dar uma resposta rápida aos riscos que a economia portuguesa sofre» e que essa resposta é o que os portugueses esperam de todas as forças políticas, escreve a Lusa.

«Todos se devem pronunciar. Eu compreendo que todos, os analistas, os comentadores, as forças políticas, se pronunciem sobre as previsões das várias organizações para 2011, que se pronunciem especialmente, estou a falar dos partidos da oposição, quando esses indicadores são menos positivos, ou mesmo negativos, mas não esqueçamos que agora há uma prioridade, que é esses mesmas forças se pronunciem sobre o que temos a fazer», afirmou.

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Ministro destaca evolução do sector exportador

«O que temos a fazer é dar uma resposta rápida aos riscos que a economia portuguesa sofre. É esse o desafio, é essa a resposta que todos os portugueses esperam de todas as forças políticas», acrescentou o ministro da Economia.

Vieira da Silva não esclareceu se o Governo irá rever a última projecção de crescimento que apontou para 2011, de 0,5 por cento, dizendo apenas que o quadro macroeconómico será apresentado no quadro do Orçamento do Estado do próximo ano, e que essas estimativas tinham por base um crescimento de 0,7 por cento para 2010, algo que o Governo acredita que venha a ser superado.

O ministro destacou mesmo a evolução mais positiva do que o esperado do sector exportador, e que espera que tal continue no próximo ano, e assim diminua o impacto negativo provocado pelas medidas de austeridade, em especial sobre a procura interna, alertando ainda para o resultado da falta de aplicação das medidas.

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