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Saúde: grandes grupos lucram com a crise

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Sector privado deverá fechar ano com mais de mil milhões de euros de volume de negócios

O sector privado já representa 40% dos cuidados de saúde no nosso país. Só o ano passado, conseguiu um volume de negócios total de 900 milhões. Este ano as perspectivas são ainda melhores: são esperados mais de mil milhões de euros, até porque os grandes grupos não temem a crise.

«A crise cria oportunidades e deve fomentar o debate» sobre a forma preferível de prestar cuidados, avança o presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) citado pelo «Jornal de Notícias».

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Teófilo Leite considera que as medidas de austeridade vão levar a «uma redução da resposta pública» e acredita que esta é a altura ideal «para enveredar por um novo sistema». Como exemplo dá o modelo holandês [em que um seguro social facilita a todos ter um seguro de saúde, pago em função dos impostos].

Recorde-se que os seguros de saúde são os principais clientes da hospitalização privada, totalizando 30%.

«O nosso destino está ligado ao destino das seguradoras», diz a administradora da Espírito Santo Saúde, Isabel Vaz, grupo que espera um volume de negócios de 245 milhões em 2010, mais 12,5% do que em 2009.

Por seu turno, os particulares, que pagam os cuidados no seu todo correspondem a 10%. «Será entre estes que a crise se fará mais notar, em cuidados que não são necessidades de sobrevivência», considera a mesma responsável.

Já Salvador de Mello, presidente da José de Mello Saúde [265 milhões de volume de negócios em 2009] justifica a preferência: «As pessoas continuam a precisar de cuidados de saúde de qualidade e confiança».

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