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A Grécia pode ter evitado, por agora, sair da zona euro, ao ter cedido às exigências dos credores, mas os economistas dividem-se em opiniões: se as propostas são boas para ambas as partes ou se a saída do país do euro ainda é uma possibilidade. A situação do sistema bancário também preocupa. Depois de muito impasse e de ‘bater o pé’, o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, cedeu aos credores na segunda-feira ao aceitar mais austeridade - aumento de impostos e reforma no regime de pensões, entre outras medidas - em troca de um terceiro resgate internacional. A nova ajuda financeira à Grécia está neste momento estimada em 86 mil milhões de euros. Agora, 60 economistas consultados pela Reuters mostram-se céticos em relação ao acordado, e se será vantajoso para a Grécia e para a Europa.
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“Para a Grécia, este é o único acordo - com uma arma apontada à cabeça que eles tiveram de aceitar. Para o resto da zona euro, é a única solução viável”, disse Christian Lips, economista do NordLB.
Entretanto, o Governo helénico voltou a falhar um pagamento ao FMI. A dívida a este credor já ascende a dois mil milhões de euros. Faz parte do mais recente acordo aumentar impostos, reformar o regime de pensões e ter de reserva 50 mil milhões de euros de ativos do setor público para venda sob controlo estrangeiro. O problema é que a Grécia não tem o suficiente para vender. Assim, 35 dos economistas consultados salientam que a Grécia não tem ativos nesse valor que sejam viáveis para privatizar. O montante exigido ronda um quinto da economia helénica. Mas já antes as privatizações tinham corrido mal e Atenas até pretendia encaixar apenas metade e não conseguiu.
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uma esmagadora maioria defende que Atenas precisa mesmo do alívio da dívida"50 mil milhões é muito otimista", adverte Nick Stamenkovic, economista do RIA Capital Markets. Outro perguntou mesmo: "O que vão fazer, vender Creta?"
“O problema fundamental da Grécia não fica resolvido com uma dívida insustentavelmente alta”, disse Jonathan Loyes.
“Penso que rapidamente vai tornar-se evidente que a Grécia precisa sair da zona euro para melhorar a sua competitividade”.
O parlamento grego vota amanhã o 'OK' ao terceiro resgate internacional.
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