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Grécia evitou o abismo ou está a um passo dele?

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Com o acordo, não sai da Zona Euro. Para já. Mas não é um dado adquirido. Turbulência política, concretização das reformas e pressão europeia são forças contrárias. Está tudo em aberto e economistas dividem-se na antecipação de cenários

A Grécia necessita de sete mil milhões de euros até 20 de julho para pagar ao BCE e 12 mil milhões de euros em meados de agosto, altura em que vence a restante dívida. Os bancos gregos continuam fechados e estão cada vez mais perto do colapso. Depois, há outro problema: o acordo antecipa muito pouco sobre como aliviar a enorme dívida grega, que é quase duas vezes o tamanho de sua economia. E a reestruturação foi, recorde-se, um dos pontos da discórdia que bloqueou as negociações com os credores até segunda-feira. O novo acordo menciona algum tipo de reestruturação, mas não para já, como prazos de pagamento mais longos ou taxas de juro mais baixas. Mas estas hipóteses só serão consideradas se a Grécia convencer a sério os parceiros europeus quanto à implementação de todas as reformas acordadas. Entre os economistas questionados, para tornar a economia sustentável. E entre vários líderes europeus isto também já é um dado adquirido. Mais uma vez, a urgência de uns e de outros é que não está em sintonia. Loynes é apenas um dos nove economistas inquiridos que ainda considera haver hipóteses de a Grécia sair do euro.

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A Grécia pode ter evitado, por agora, sair da zona euro, ao ter cedido às exigências dos credores, mas os economistas dividem-se em opiniões: se as propostas são boas para ambas as partes ou se a saída do país do euro ainda é uma possibilidade. A situação do sistema bancário também preocupa.   Depois de muito impasse e de ‘bater o pé’, o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, cedeu aos credores na segunda-feira ao aceitar mais austeridade - aumento de impostos e reforma no regime de pensões, entre outras medidas - em troca de um terceiro resgate internacional. A nova ajuda financeira à Grécia está neste momento estimada em 86 mil milhões de euros.   Agora, 60 economistas consultados pela Reuters mostram-se céticos em relação ao acordado, e se será vantajoso para a Grécia e para a Europa.  

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“Para a Grécia, este é o único acordo - com uma arma apontada à cabeça que eles tiveram de aceitar. Para o resto da zona euro, é a única solução viável”, disse Christian Lips, economista do NordLB.

Entretanto, o Governo helénico voltou a falhar um pagamento ao FMI. A dívida a este credor já ascende a dois mil milhões de euros.   Faz parte do mais recente acordo aumentar impostos, reformar o regime de pensões e ter de reserva 50 mil milhões de euros de ativos do setor público para venda sob controlo estrangeiro. O problema é que a Grécia não tem o suficiente para vender.   Assim, 35 dos economistas consultados salientam que a Grécia não tem ativos nesse valor que sejam viáveis para privatizar.   O montante exigido ronda um quinto da economia helénica. Mas já antes as privatizações tinham corrido mal e Atenas até pretendia encaixar apenas metade e não conseguiu.   

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"50 mil milhões é muito otimista", adverte Nick Stamenkovic, economista do RIA Capital Markets. Outro perguntou mesmo: "O que vão fazer, vender Creta?"

uma esmagadora maioria defende que Atenas precisa mesmo do alívio da dívida

“O problema fundamental da Grécia não fica resolvido com uma dívida insustentavelmente alta”, disse Jonathan Loyes.

“Penso que rapidamente vai tornar-se evidente que a Grécia precisa sair da zona euro para melhorar a sua competitividade”.

O parlamento grego vota amanhã o 'OK' ao terceiro resgate internacional.

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