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Milho: Governo nega ter apoiado activistas

Reacção de ministro a acusações de Marques Mendes

O ministro da Agricultura negou hoje que o Governo tenha apoiado o Ecotopia, um encontro internacional de ambientalistas de onde poderão ter saído alguns elementos para participar na destruição de um hectare de milho transgénico em Silves, noticia a Lusa.

O Diário de Notícias revela na edição de hoje que o Ecotopia, encontro internacional que decorreu em Aljezur até domingo passado e de onde terão saído jovens que participaram sexta-feira na destruição de um hectare de milho transgénico, é apoiado pelo Instituto Português da Juventude (IPJ).

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«Não houve qualquer financiamento do IPJ a essa organização. A única coisa é publicidade num site sobre a realização de um acampamento, mas não houve qualquer financiamento», disse hoje o ministro da Agricultura, Jaime Silva, numa visita à Herdade da Lameira, em Silves, onde sexta-feira cerca de cem activistas destruíram um hectare de milho transgénico, numa acção promovida pelo recém-criado movimento contra transgénicos Verde Eufémia.

Jaime Silva reagia assim a declarações do presidente do PSD, Marques Mendes, que hoje considerou que poderão existir «indícios de que o Governo acarinhou ou patrocinou uma iniciativa que acabou em violência».

«Temos de ter calma com Marques Mendes», afirmou Jaime Silva.

Em comunicado, também a associação ambientalista GAIA (Grupo de Acção e Intervenção Ambiental), responsável pela organização do Ecotopia, em que participaram mais de 500 pessoas, confirma que a iniciativa não teve qualquer apoio estatal.

«Este ano o IPJ não forneceu qualquer apoio ao GAIA, ou a qualquer outra associação juvenil, apesar de ter vindo a fazê-lo em anos anteriores e com resultados que o GAIA considera muito positivos. Isso prende-se com o facto de os prazos de candidaturas se terem atrasado de forma absolutamente inadmissível, o que é revelador da falta de atenção dada às iniciativas e à participação activa dos jovens por parte das entidades competentes», refere a associação ambientalista.

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Para o GAIA, «é natural que alguns participantes na acção e no movimento Verde Eufémia tenham participado no Ecotopia», mas o grupo ambientalista considera, no entanto, que «não é razoável constituir uma ligação» entre o encontro e a iniciativa que o movimento levou a cabo em Silves.

Comentando a acção do movimento Verde Eufémia, o GAIA diz apoiar a iniciativa, considerando o «uso de desobediência civil e acção directa não violenta» como «uma estratégia válida na luta pelos direitos sociais e ambientais da população».

Também o porta-voz do Verde Eufémia, Gualter Baptista, admitiu, em declarações à Lusa, que «é possível» que alguns participantes na acção de sexta-feira tenham «vindo do Ecotopia», já que o movimento «lançou um apelo à participação» das pessoas na iniciativa.

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