O Governo aprovou hoje, na generalidade, um decreto que revê os currículos dos cursos científico-humanísticos do ensino secundário, diploma que a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, disse pretender reforçar o ensino prático e experimental, noticia a Lusa.
Em conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros, Maria de Lurdes Rodrigues considerou que a aprovação do diploma «permitirá em tempo útil introduzir ajustamentos a uma reforma iniciada em 2004», durante os governos PSD/CDS-PP.
PUB
«Os reajustamentos ao nível dos currículos, que manterão o actual regime de avaliação, entrarão em vigor para o 10º ano no próximo ano lectivo e sucessivamente nos anos seguintes para os 11º e 12º anos», refere o comunicado do Conselho de Ministros.
Na perspectiva da ministra da Educação, os ajustamentos agora feitos pelo executivo socialista «têm quatro pontos principais», sendo o primeiro o objectivo de «reforçar o ensino experimental».
«Criam-se agora condições para que não se perca a tradição do Ensino Secundário ao nível das técnicas laboratoriais», apontou a ministra da Educação.
Maria de Lurdes Rodrigues salientou também que o diploma procede a uma fusão do ensino do curso de línguas e literaturas com o de humanidades.
Por essa via, da fusão, a titular da pasta da Educação disse que o executivo procurou «superar a perda de alunos nos cursos de línguas e literaturas».
Outras das alterações que a membro do Governo considerou «relevante» relacionou-se com a passagem da disciplina de Tecnologias de Informação e Comunicação do décimo ano para os sétimo e oitavo anos.
«Queremos antecipar para bastante mais cedo as aprendizagens nesta área dos nossos alunos», justificou Maria de Lurdes Rodrigues, antes de frisar que o diploma também «reforçará a especificidade dos cursos».
«Ao nível dos cursos, é alterada a organização e as disciplinas específicas de cada um», declarou.
PUB