Portugal está em 25º lugar em cem países num ranking sobre liberdades educativas, de acordo com os resultados de um relatório internacional apresentado hoje em Lisboa, noticia a Lusa.
O relatório foi elaborado pela Organização Direito à Educação e Liberdade de Ensino (OIDEL), uma organização internacional com sede em Genebra que coopera com a UNESCO e o Conselho da Europa, e foi apresentado hoje à tarde num simpósio organizado pela Fundação Pro Dignitate, em Lisboa.
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O presidente da OIDEL, o espanhol Alfred Fernandez, disse à Lusa que a tabela de países, que é liderada pela Dinamarca, tem nos melhores lugares sobretudo estados europeus.
O relatório sobre as liberdades educativas foi elaborado tendo em conta vários factores: se as leis do país permitem a criação de escolas por parte da sociedade civil, se há obrigatoriedade de financiamento público a estas escolas, qual o montante deste financiamento, se há possibilidade de os pais escolherem a escola no sistema público e se é permitido o ensino em casa.
Alfred Fernandez explicou que a modalidade de ensino dado em casa existe principalmente em países do Norte da Europa - como a Dinamarca, a Inglaterra, a Irlanda ou a Holanda - e permite que as crianças aprendam em casa e apenas vão a exames para prestar provas.
«Em grande parte dos casos são pais que não têm meios para pôr os filhos numa escola privada e que consideram que o ensino público não tem qualidade suficiente», disse o responsável da OIDEL.
Uma das recomendações do relatório apresentado hoje é que os Estados devem abrir-se mais à sociedade civil, para que exista um maior número de escolas cuja fundação parta de entidades como Cooperativas de Ensino ou Ordens Religiosas.
O simpósio internacional da OIDEL, organizado em Lisboa pela fundação Pro Dignitate, decorreu sexta-feira e hoje sob o tema «A Escolha da escola face à justiça social: Dilema ou Miragem?», tendo como tema principal a liberdade na escolha da escola e da educação por parte dos responsáveis de educação.
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