Mais de 200 professores com horários zero vão passar a estar vinculados ao Ministério da Cultura e a trabalhar em instituições da tutela. No âmbito de um despacho conjunto dos Ministérios da Educação (ME) e da Cultura (MC), 59 instituições culturais de todo o país abriram 216 vagas para «pessoal docente da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário».
O concurso decorreu entre 7 e 30 de Dezembro e, num balanço provisório dado ao PortugalDiário pelo MC, realizado dois dias depois do fecho do concurso e referente a 41 das 59 instituições, foram recebidas 1250 candidaturas de professores com horário zero, ou seja, docentes que foram colocados em escolas mas sem trabalho.
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O processo está neste momento «em fase de avaliação curricular das candidaturas para seleccionar as que preenchem os requisitos e depois segue-se a fase das entrevistas pessoais», explicou ao PortugalDiário Maria do Céu Novais, assessora do MC.
Segundo a responsável, prevê-se que o processo decorra durante este mês de Janeiro e que «na primeira semana de Fevereiro já sejam conhecidas as colocações finais».
A adesão dos professores a esta medida superou as expectativas: «o número de candidaturas superou largamente o número de vagas», disse ao PortugalDiário a assessora do MC.
O Mosteiro dos Jerónimos, por exemplo, abriu três vagas e recebeu 66 candidaturas. Também a Biblioteca Nacional recebeu 67 candidaturas para as seis vagas que abriu e o Museu Nacional do Traje recebeu 66 candidaturas para as cinco vagas disponibilizadas. Já o Centro Cultural de Belém disponibilizou quatro vagas e recebeu 61 ofertas.
Estes docentes que ficam agora afectos ao MC vão desempenhar funções «sempre no âmbito dos serviços educativos, no desenvolvimento de projectos educativos e animação cultural e pedagógica», explicou ao PortugalDiário Maria do Céu Novais.
«A função destes docentes passa pela captação de novos públicos através da dinamização pedagógica das instituições», concluiu.
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