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Ministério esqueceu professores no estrangeiro

Docentes não são aumentados desde 1999. Nível de vida não é o mesmo

O Ministério da Educação esqueceu-se dos professores de ensino de português no estrangeiro. A acusação parte da Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE), que garante que a tutela não está a respeitar o prazo limite para a abertura de negociações com vista à revisão do regime jurídico destes docentes.

A FNE alerta ainda para a necessidade de se «realizar um concurso com base na nova legislação». Caso as negociações se prolonguem, isto pode criar problemas para os docentes que «têm de tomar decisões relativamente a questões como o alojamento no estrangeiro».

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«Uma nova legislação é necessária para resolver problemas como a desigualdade de benefícios entre professores em regime de contratação e em regime de deslocação», explica ao PortugalDiário Abílio Videira, secretário-geral do Sindicato de Professores nas Comunidades Lusíadas.

Outro problema que é preciso solucionar é o facto de os professores de português no estrangeiro não verem os seus salários actualizados há seis anos.

«Não somos aumentados desde 1999. Mas o nível de vida e os preços das coisas não são os mesmos», queixa-se Maria da Piedade Savero, 37 anos, professora de português na região parisiense há sete anos.

A docente denuncia ainda o facto de «não haver possibilidade de progressão de carreira».

«Aparentemente, o objectivo do Ministério da Educação é terminar com o ensino do português no estrangeiro. Não fazem nada para resolver as condições precárias em que trabalhamos e o que fazem parece que é para as piorar», acusa.

O PortugalDiário tentou obter uma reacção da parte do Ministério da Educação às acusações de falta de interesse na situação dos professores no estrangeiros, mas não obteve resposta até à hora de publicação.

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