«O meu opositor tem uma má estratégia, visando o país errado no mau momento», declarou o presidente Bush num périplo eleitoral pelo Colorado (ocidente).
«Enviou o sinal de que o objectivo da América no Iraque é retirar-se, mesmo que a nossa missão não tenha terminado. Isso dá uma mensagem errada aos iraquianos, que precisam de saber que a América não baterá em retirada», disse.
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Para o presidente republicano, Kerry «envia também uma mensagem errada às forças da coligação, que precisam de saber que (os EUA) honram os seus sacrifícios, conduzindo a bom porto a missão».
Acusou o seu rival de quer lutar contra os grupos terroristas «com mísseis e intimações», numa alusão ao ataque falhado com mísseis lançados pelo antigo presidente Bill Clinton em 1998 sobre campos no Afeganistão para matar Usama bin Laden.
A oito dias do escrutínio e numa altura em que os dois homens surgem empatados nas sondagens, Bush remodelou o seu discurso e multiplicou os ataques contra Kerry.
«A escolha não é só entre dois candidatos, é também entre duas direcções na condução da guerra contra o terrorismo», afirmou o presidente.
«Será que a América vai voltar a estar na defensiva, querendo simplesmente gerir os perigos que ameaçam o nosso país? Ou vamos conduzir uma verdadeira guerra tendo por objectivo vencer», interrogou-se.
Bush lembrou que Kerry qualificou a missão da América no Iraque de falha, diversão, erro colossal, afirmando depois era o homem certo para ganhar a guerra.
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«Não se pode ganhar uma guerra em que não se acredita», sublinhou.
Bush abordou também as execuções deste fim-de-semana no Iraque de 50 recrutas do exército iraquiano.
«Estas execuções horríveis de membros das forças de segurança iraquianas que não estavam armados mostram a natureza diabólica dos terroristas que combatemos. Elas provam que estes terroristas são os inimigos do povo iraquiano, do povo norte-americano e de todos que cultivam a liberdade», disse Bush.
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