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Lisboa: reabilitar bairros camarários

É o desejo do candidato do Bloco de Esquerda. Investimento custa 40 milhões

O candidato do Bloco de Esquerda a presidente da Câmara de Lisboa, José Sá Fernandes, exigiu esta terça-feira que o próximo executivo invista cerca de 40 milhões de euros na reabilitação dos bairros camarários da cidade, escreve a Lusa.

José Sá Fernandes fez estas declarações no final de uma visita ao degradado Bairro do Ourives, de gestão camarária, com 380 fogos e em que vivem cerca de três mil pessoas.

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«Uma intervenção global nos bairros degradados (propriedade da Câmara) é uma prioridade, mesmo tendo em conta a actual situação financeira da autarquia», disse.

Segundo a estimativa do candidato do Bloco de Esquerda, uma intervenção para reabilitar os bairros camarários «representará um investimento de cerca de 40 milhões de euros».

Além do Bairro do Ourives, na freguesia do Beato e que foi inaugurado em 1974, José Sá Fernandes considerou prioritárias as reabilitações de bairros como o Padre Cruz, da Liberdade, Horizonte, Galinheiras, Portugal Novo, 25 de Abril, Condado e Furnas.

Durante a visita ao Bairro do Ourives, nos contactos com os residentes na zona, José Sá Fernandes fez sempre questão de sublinhar que aquela não era a sua primeira deslocação ao bairro.

«Não venho aqui só em períodos de campanha. Vocês sabem que já cá estive várias vezes», disse, antes de se mostrar chocado com o estado de degradação da maioria dos apartamentos, quase todos com dimensões reduzidas (entre 15 e 50 metros quadrados).

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Nas conversas com populares, foram frequentes as queixas contra a actuação do ex-presidente da Câmara de Lisboa, Carmona Rodrigues.

«Prometeu-nos muito, mas tudo continua na mesma e com as rendas cada vez mais altas», disse a Sá Fernandes uma senhora de meia idade.

José Sá Fernandes criticou depois a empresa municipal Gebalis, gestora daqueles imóveis, por ter no bairro cerca de duas dezenas de fogos vazios, sem que sejam ocupados por famílias que se encontram mais carenciadas em termos sociais.

O candidato do Bloco de Esquerda alterou ainda para os riscos das difíceis acessibilidades a alguns dos prédios.

«Isto pode ser muito grave em caso de incêndios», apontou.

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