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Franchising representa 3% do PIB nacional

Com um volume de negócios de mais de 5 mil milhões de euros, a rede de franchising é responsável por 1,2% do emprego em Portugal

Mais de 63 mil novos postos de trabalho foram criados pelo franchising, cuja rede representa 3% do PIB nacional, com um volume de negócios de mais de 5 mil milhões de euros e responsável por 1,2% do emprego em Portugal.

Segundo o Censo do IIF (Instituto de Informação em Franchising, S.A.), a evolução deste indicador demonstra o peso do franchising na Economia.

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O censo «O Franchising em Portugal» dita que «o papel dos empresários nacionais» na evolução do volume de negócios «não é apenas simbólico»: «das novas marcas que entraram em 2008, 70% são nacionais».

O franchising emprega quase 69 mil pessoas e em 2008 ajudou a criar mais 2041 postos de trabalho, um crescimento de 3,1%.

Apesar de ser metade do crescimento registado no ano anterior (6%), «é ainda assim um indicador bastante positivo» em tempo de crescente taxa de desemprego.

A maior parte deste emprego foi gerado pela abertura de lojas e pelo aparecimento de novas marcas. O número de trabalhadores das empresas de franchising já representa 1,2% do emprego em Portugal.

«Um grande mercado feito por milhares de pequenos empresários»

No final de 2008 foram contabilizadas 11.305 lojas/unidades a operar dentro de redes de franchising. Como as redes que desistem do franchising têm as suas lojas subtraídas às estatísticas (mesmo que continuem em operação), «o número total de lojas ressente-se cada vez que há uma quantidade elevada de abandonos, como ocorreu em 2008».

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Analisando apenas a evolução das marcas que já operavam em 2007 e continuaram a operar em 2008 - eliminando o efeito de novas lojas e de abandonos - o ano de 2008 representa um crescimento de 2,7%.

«É um desempenho bastante inferior aos cerca de 8% de crescimento dos últimos anos, mas ainda assim positivo e justificável no contexto actual. O segundo semestre de 2008 viu as aberturas de lojas praticamente congeladas», revela o Censo do IIF - «Franchising em Portugal».

«A incerteza do momento adiou os planos da maior parte dos potenciais investidores»; os poucos que ainda assim decidiam avançar naquele viram as suas intenções goradas pela forte limitação ao crédito, garante o estudo, que acrescenta ser este um dos «maiores obstáculos que o franchising terá que enfrentar em 2009: a dificuldade de obtenção de empréstimos.

700 novas lojas em 2008

Em 2008 foram abertas cerca de 700 novas lojas. Um número que contrasta com as mais de 1100 aberturas em 2007. É previsível que em 2009 se agrave o número de encerramento de lojas, já que «a crise prolongada torna insustentáveis os problemas de caixa dos franchisados».

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Um bom exemplo da dificuldade sentida no último semestre é o facto de apenas 14% (contra 17% em 2007) dos franchisadores terem tido um saldo de crescimento superior a 5 lojas.

Com o aumento dos encerramentos, para atingir este índice de crescimento os franchisadores tiveram que fazer um esforço adicional para abrir novas unidades. Apesar de no total, em 2008, o número de empresas com crescimento positivo ter sido maior que em 2007, também é verdade que o número de marcas que viu a sua rede diminuir foi quase o dobro de 2007 (passou de 11% para 20%).

Em 1996 apenas 22% das marcas de franchising eram portuguesas. Já no fim de 2008, as marcas «made in Portugal» representavam 53% do total. «Em vários sectores as marcas nacionais dominam por completo, em outros foram as pioneiras a usar o sistema de franchising».

Em clínicas de estética e saúde (88%), consultoria financeira e seguros (93%), acessórios de moda (81%), clínicas de unhas/podologia (100%), gestão de condomínios (100%), arranjos de roupa e calçados (72%) dividem-se os sectores de aposta nacionais.

A internacionalização continua a ter um crescimento gradual. Já são mais de 60 marcas nacionais com algum tipo de operação no estrangeiro, o que representa 22% das empresas nacionais a operar fora de Portugal.

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