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Gaia: barricado em banco recuperou a casa

Amigo passou cheque de 114 mil euros e banco aceitou baixar juros

Depois de se ter barricado na dependência do Montepio de Vila Nova de Gaia a 16 de Abril deste ano, com o objectivo de tentar evitar a penhora da sua casa, o empresário Avelino Santos tem sentido os efeitos de uma grande onda de solidariedade.

Várias foram as pessoas que se disponibilizaram para o ajudar, mas o comerciante já tinha aceitado o empréstimo de um amigo, cujo nome prefere não identificar por uma «questão de ética», segundo a edição desta segunda-feira do Correio da Manhã.

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Diz apenas que é um «engenheiro reformado» que lhe emprestou de uma só vez todo o dinheiro a baixos juros. «Perguntou quanto é que eu precisava e passou o cheque», referiu. A primeira prestação será paga daqui a dois anos.

Passou cheque de 114 mil euros

A casa tinha sido adquirida pelo banco em hasta pública por 114 225 euros, mas agora Avelino Santos mostra-se seguro: «A casa é minha e, a partir de agora, ninguém ma tira».

Desde da altura em que se barricou naquele banco, o empresário tem recebido o apoio de muitas pessoas. «Eu não imaginava sequer que tinha tantos amigos», conta lamentando, por outro lado, as «poucas vozes» de pessoas que pensava serem suas amigas, mas que afinal fugiram dele.

Sapataria: negócio melhorou

Os vizinhos foram os primeiros a ir à sua sapataria, mal reabriu, para lhe oferecer ajuda. Alguns queriam emprestar dinheiro em mão e outros ofereceram-se para fazer campanhas de angariação de fundos através da Internet. Avelino Santos recusou. «Não sou oportunista», alude. Mas desde o incidente que o número de clientes tem aumentado e essa ajuda o empresário aceita.

Até o banco mudou a sua posição e aceitou renegociar os juros. Avelino Santos diz que está arrependido e não aconselha ninguém a fazer o mesmo, mas garante que não tem razões para estar envergonhado. «Não matei, nem roubei, posso andar com a cabeça levantada», salienta Avelino Santos, que espera julgamento em liberdade.

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