Já fez LIKE no TVI Notícias?

Alemanha: políticos contra lâmpadas incandescentes

Na Austrália estas já foram substituídas por lâmpadas de poupança de energia

Vários políticos alemães pronunciaram-se esta quarta-feira a favor de uma proibição das tradicionais lâmpadas incandescentes e pela sua substituição por modernas lâmpadas de poupança, a exemplo do que acaba de decidir a Austrália, noticia a agência Lusa.

«Acho que é possível deixar de comercializar lâmpadas incandescentes até 2012», disse em Berlim o porta-voz do grupo parlamentar dos Verdes para assuntos energéticos, Hans-Josef Fell.

PUB

O político ambientalista recomendou ao governo que comece a «procurar soluções» com os fabricantes de lâmpadas incandescentes, «mas se isso não resultar, pode recorrer-se a uma proibição por lei», acrescentou.

Outro especialista em questões ambientais, o deputado social-democrata Ulrich Kelber, concordou com a iniciativa australiana, mas acha que «proibir as lâmpadas incandescentes na Alemanha está fora de questão».

No entanto, a coligação governamental de democratas-cristãos e sociais-democratas no poder em Berlim tenciona propor na União Europeia (UE) a adopção d o chamado Princípio do Top-Runner, que consiste em dar um prazo aos fabricantes para produzirem produtos semelhantes aos mais avançados já existentes no mercado , como se faz no Japão.

A vice-presidente do grupo parlamentar democrata-cristão, Katherina Reiche, advogou também a aplicação do Princípio do Top-Runner na UE, mas é contra a proibição das lâmpadas incandescentes, que considerou «desajustada».

PUB

Em contrapartida, a inédita decisão do governo em Camberra de proibir a s lâmpadas incandescentes, anunciada terça-feira, foi saudada pelo ex-ministro do Ambiente alemão, o ambientalista Juergen Trittin.

«É bom que haja muitos mais parâmetros desses a nível mundial, e acho que deviam ser aplicados também a aparelhos eléctricos como leitores de DVD ultrapassados, e também às aparelhagens de ar condicionado na Austrália, ou até aos a ros de sanitas aquecidas que há no Japão», disse Trittin ao jornal electrónico S piegel Online.

Com a eliminação das lâmpadas incandescentes, a Austrália, que não subscreveu o protocolo de Quioto sobre redução das emissões de dióxido de carbono para a atmosfera, geradoras do aquecimento global do planeta, quer agora reduzir anualmente estas emissões em quatro milhões de toneladas.

A renúncia às lâmpadas incandescentes, no entanto, «não é possível da noite para o dia», serão necessários «pelo menos 10 anos» para que os fabricantes passem a produzir só lâmpadas de poupança, disse em Hamburgo um porta-voz da Philips, uma das maiores empresas mundiais do ramo.

PUB

Últimas